Cerca de 40 mil pessoas são esperadas na próxima edição do “Mercado de Culturas… à Luz das Velas”, que vai decorrer na cidade de Lagoa, entre 7 e 10 de julho. Todos os dias serão acesas 12 mil velas para celebrar a harmonia entre culturas e religiões, num evento que conta ainda com os temidos caretos, música celta e mais de 60 artesãos
A terceira edição do “Mercado de Culturas… à Luz das Velas” vai trazer a cultura celta ao Convento de São José e ruas circundantes, de 7 a 10 de julho, das 19h00 à 01h00, depois de ter destacado as culturas muçulmana (2014) e judaica-sefardita (2015).
O ponto alto deste evento cultural, que tem entrada livre, será o acendimento diário de 12 mil velas, com as quais vão ser desenhados símbolos, amuletos e runas Celtas. “Estes símbolos feitos de velas tornaram-se a imagem de marca do evento e estarão posicionados nas entradas e no interior do mercado e também na Praceta dos Símbolos, constituindo um espetáculo de enorme beleza cénica”, adianta a autarquia. Frisando que se trata de “um evento de características únicas em Portugal”.
Esta edição do “Mercado de Culturas… à Luz das Velas” dará ainda a oportunidade a mais de 60 artesãos de várias culturas e religiões de “conviverem em harmonia e mostrarem as suas tradições, sabores e artes” aos cerca de 40 mil visitantes esperados pela organização nas quatro noites.
Caretos é uma das novidades
A música é outra das atrações deste evento cultural. Este ano vão estar em destaque as músicas do mundo celta, com atuações de Linda Scanlon (Irlanda), Sheela na Gig (Galiza/Reino Unido), Malcolm Macmillan (Escócia) e Morgane Le Cuff (Bretanha).
Uma das novidades deste ano será a presença de um grupo de caretos, que visita o Algarve pela primeira vez. Os caretos são personagens diabólicas e místicas do carnaval de Trás-os-Montes e Alto Douro, acreditando-se que esta tradição tenha raízes célticas.
Diariamente haverá também oficinas de tarot de runas e de tiaras celtas e, igualmente, será realizado, por uma “bruxa”, o ritual “A Queimada” – tradição milenar dos povos da Galiza e Norte de Portugal – que, embora ninguém saiba ao certo qual a origem, há quem a ligue ao dia dos mortos e quem estabeleça relações entre a queimada galega e algumas tradições celtas.
Não faltará também o conto do mago Merlin e, naturalmente, um espetáculo de evocação da Beltane, com dança e fogo.
A nível gastronómico, os claustros do Convento São José irão transformar-se numa taberna celta com carne servida na telha, cervejas artesanais e hidromel.
Simultaneamente decorrerá no Convento de São José uma exposição denominada “Máscaras Ibéricas de Tradição Celta” – com 50 máscaras ligadas a cultos celtas, ao solstício de inverno e à fertilidade – e também a exposição de fotografia “Portugal Celta”.
NC/JA