Faleceu um dos nossos

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Não obstante a diferença de idades e de gerações tínhamos pelo jornalista Domingos Viegas um dos pilares de “Jornal do Algarve” neste nosso tempo, a maior admiração e um sentido de apreço e de fraterna estima, até por razões conjugais, que vai e vinha, como os alcatruzes da nora, em reciprocidade.

Faleceu um dos nossos! A dor, a incapacidade de algo fazer a saudade dominam-nos e faz-nos viver estas horas, com toda a angústia. Nunca
se atendeu devidamente e com justiça na batalha instante e continua, apaixonada e apaixonante, que estas gentes que fazem os jornais, mesmo sem estarem em clima de guerra ou de violência, ou de serem
alvo preferencial de assassinos sabe- se lá a soldo de quem, travam no quotidiano.

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Domingos Viegas, um algarvio de nascer e de viver, deixou-nos, de súbito,
aos 49 anos, quando em mais de uma das muitas missões que realizou por este semanário, estava a escassos quilómetros de ter saído do Jornal, em serviço. Foi em Castro Marim, num choque frontal com outra viatura e de que resultou outra vítima, um jovem de 21 anos.

Assim se escreve a história do jornalismo (sonho maior do saudoso companheiro, com tantas provas dadas) e desta sinistra, mais sinistra que muitos conflitos armados, que é a sinistralidade rodoviá rias em terras luminosas do Sul e do Sol.

Mais um rude golpe ao sobreviver desta aventura generosa que um grupo de bons homens vila-realenses capitaneados pelo sempre lembrado José Barão, lançou há mais de 60 anos e prossegue, com determinação e direcção segura, que cremos, por bem, por um Algarve Melhor (mais fraterno, mais solidário e mais generoso para todos), há-de prosseguir.
Passadas que são 24 horas sobre o trágico acontecimento e ainda não refeitos da tristíssima ocorrência, envolvemos num abraço solidário, tamanho do Mundo todo com que o Domingos Viegas sempre sonhou
a Família, nas pessoas de sua estimada esposa e na ternura dos filhos; a
“equipa do Times” no Dr. Fernando Reis, nosso empenhado Diretor e todo o vasto universo de quantos sentem esta partida, lembrando, uma vez mais, as palavras últimas do Diretor/Fundador, José Barão: “Não deixem morrer o Jornal do Algarve!”

João Leal
Nota: O autor não escreveu o artigo ao abrigo
do novo acordo ortográfico

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