24 mil empregos ameaçados por máquinas no Algarve

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Cerca de 54 mil empregos no Algarve estão ameaçados de substituição por máquinas e robôs até 2030. Mas, à boleia desse processo de automatização, também serão criados 30 mil empregos. É o que aponta um estudo da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, apresentado recentemente em Loulé. Vítor Neto, presidente da Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA), explica ao JORNAL DO ALGARVE o que está em causa numa região pouco industrializada e com muito turismo. “O Algarve precisa, de facto, de um modelo de desenvolvimento económico capaz de garantir sustentabilidade”, diz o empresário, defendendo que este processo constitui, ao mesmo tempo, “uma oportunidade para a transformação do nível de competitividade das empresas e para a elevação das qualificações no emprego”

Um cenário de adoção de automatização para metade das atividades no Algarve, até 2030, implica uma perda de 54 mil postos de trabalho, sendo o setor do alojamento e restauração o mais afetado, com uma redução estimada de 8.000 postos de trabalho. Mas, por outro lado, 30 mil postos de trabalho também serão criados na região – o que resulta num saldo negativo de 24 mil empregos.

Estas conclusões fazem parte de um relatório sobre o impacto da automação na zona sul, apresentado recentemente pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, nas instalações do NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve, em Loulé.

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Ao mesmo tempo, é estimado que 27 mil trabalhadores “necessitarão de se requalificar”, ou seja, 12% da força de trabalho algarvia terá de reforçar as suas competências. O estudo considera, contudo, esse “imperativo da requalificação” como uma oportunidade valiosa que poderá levar o trabalhador a ter melhores condições salariais.

Em declarações ao JORNAL DO ALGARVE, o presidente desta associação empresarial explica o que está em jogo, depois de vários jornais nacionais terem noticiado que os “robôs vão roubar mais de 50 mil empregos no Algarve até 2030”.

“Não nos impressionemos. Temos de ir para além dos ‘números’ e dos ‘robôs’, que são evidentemente uma chamada de atenção. Não estamos perante uma surpresa. Pense-se só quantos milhares de empregos foram eliminados em Portugal nas últimas décadas em consequência da introdução de novas tecnologias e novos processos de organização da produção. E quantos milhares de novos empregos, com novas qualificações, foram, entretanto, criados no mesmo período? Ou seja, se queremos ter economia, empresas e trabalho no futuro, é obrigatório perceber que esse processo não só continua, como o que tem de novo e que corre a uma velocidade nunca vista. Este estudo apresentado pela CIP-CEP é um contributo e um estímulo para aprofundar esta problemática”, refere Vítor Neto…

Leia a notícia completa na edição em papel.

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