400 refugiados afogados no Mediterrâneo

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O drama dos refugiados não pára. Várias centenas de migrantes terão morrido esta segunda-feira no Mediterrâneo, após o naufrágio de quatro embarcações ao largo da costa do Egito. Seis corpos foram já recuperados e 108 migrantes foram resgatados com vida de um barco de borracha quase afundado, segundo as autoridades italianas.

Os números poderão apontar para mais de 400 pessoas afogadas no Mediterrâneo, durante uma travessia para a Europa em barcos em fracas condições para isso, oriundos da Somália, Etiópia e Eritreia e com direção a Itália. As autoridades não têm ainda confirmação quanto à nacionalidade dos migrante.

O Presidente italiano Sergio Mattarella já confirmou a notícia durante um evento em Roma, lamentando o sucedido e reiterando que a Europa necessita de refletir perante “mais uma tragédia no Mediterrâneo onde, ao que parece, centenas de pessoas faleceram”.

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Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano Paolo Gentiloni apelou à abertura da Europa para resolver estes casos “em vez de construir muros”, numa clara referência à barreira que a Áustria já começou a construir – ilegalmente, segundo as regras de Schengen – na fronteira com a Itália.

O sentido de urgência na ação perante o flagelo que as travessias dos refugiados acarretam parece ser partilhado por Bruxelas. “Já fizemos muito mas ainda há bastante por planear e fazer”, afirmou Federica Mogherini, Alta Representante da UE para os Assuntos Externos. “Em 2016, o Mediterrâneo é uma sepultura gigante”, escrevem também os Médicos sem Fronteiras, em reação aos acontecimentos.

Segundo a Reuters, os corpos encontrados estarão a ser transportados para Itália. Alguns dos sobreviventes estarão a ser transportados para a ilha italiana de Lampedusa, enquanto outros se encontram em direção à Grécia.

Há um ano, um naufrágio semelhante causou a morte de centenas de migrantes na costa da Líbia. Para 2016, os dados das Nações Unidas revelam que 180 mil pessoas tentaram chegar à Europa este ano, numa vaga migratória sem precedentes. Durante a travessia, os números oficiais indicam que perto de 800 pessoas perderam a vida.

(Rede Expresso)

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