80% dos jovens portugueses já bloquearam alguém na internet

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Os adolescentes portugueses comunicam principalmente através da internet, de telemóvel ou tablet na mão, têm entre duas e quatro contas nas redes sociais, mas garantem conhecer os mecanismos de privacidade e saber usá-los em sua defesa. De acordo com o estudo do Facebook, “os jovens portugueses e o uso de plataformas sociais na internet”, divulgado esta quinta-feira, 80% dos inquiridos entre os 14 e os 18 anos já bloquearam alguém nas redes sociais, mas apenas 5% afirmaram ter enfrentado situações incómodas.

O estudo, realizado pela Netsonda a pedido do Facebook – o primeiro feito pela empresa de Zuckerberg em Portugal -, analisou os hábitos e comportamentos de mil adolescentes e quis saber como lidam com a privacidade e a segurança em ambientes digitais. Os resultados estão próximos da realidade de outros países, como Espanha, Reino Unido ou Canadá.

Usam, em média, dois a trêsdispositivos com internet e as raparigas têm mais contas nas redes sociais que os rapazes (elas têm três a quatro, eles duas a três). O número de contas aumenta também com a idade: dos 14 aos 16 anos, os jovens têm em média 3, depois cresce. Em matéria de ferramentas de privacidade, 34% garantem que receberam informação sobre o assunto, principalmente dos pais (22%).

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“Os jovens portugueses preocupam-se com os conteúdos partilhados, conscientes de que certos comentários ou fotos podem ser inapropriados e podem mesmo magoar alguém”, explica ao Expresso Natalia Basterrechea, responsável pelos Assuntos Externos do Facebook. Mais de 90% concordam que não é correto publicar uma foto negativa ou embaraçosa de outra pessoa e 64% sabem que devem perguntar antes de publicar imagens de outras pessoas, mesmo que sejam boas.

Os adolescentes são também muito pró-ativos: no caso de receberem comentários incómodos nas redes sociais, 72% tentariam resolver o problema sozinhos contactando a pessoa que publicou a informação e metade pediria ajuda a alguém. Aliás, mais de 50% dos inquiridos já pediram que apagassem conteúdos sobre si.

No que toca à partilha de passwords, as opiniões dividem-se: metade diz que não as partilharia com ninguém, a outra metade partilharia com os pais, com o/a melhor amigo/a ou com o/a namorado/a.

Com base nos resultados do estudo, é lançada esta quinta-feira a campanha “Pensa antes de Partilhar”. A ação de sensibilização, dirigida aos jovens e aos pais, assenta em três eixos principais: como lidar com a sua privacidade, como lidar com a privacidade dos outros, e como resolver algo que os incomode. “O Facebook leva muito a sério os temas relacionados com a segurança e, mais concretamente, os assuntos relacionados com os jovens. Por isso decidimos lançar a campanha também em Portugal”, frisa Natalia Basterrechea.

Por cá, o Facebook juntou-se à plataforma nacional MiudosSegurosNa.Net. “O objetivo é melhorar a segurança online dando aos jovens e aos seus pais e educadores ferramentas e conselhos sobre como terem os melhores comportamentos na internet”, explicou Tito Morais, fundador do projeto. O guia “Pensa antes de partilhar” pode ser descarregado aqui.

No fim de 2015, o Parlamento Europeu tentou que a nova legislação de privacidade e conservação de dados definisse os 16 anos como idade mínima de acesso às redes sociais – ou a partir dos 13 mas com o consentimento dos encarregados de educação. Esta mudança provocaria uma redução drástica da presença de adolescentes nessas plataformas. Mas esse ponto acabou por ser retirado do diploma: agora cabe a cada estado-membro definir na própria legislação a idade da liberdade online.

(Rede Expresso)

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