A espontaneidade, a naturalidade e a amizade eram apanágio da nossa relação

No liceu de Faro fomos companheiros de carteira. Ele o último dos Fernandos, eu o primeiro dos Franciscos. Lá ia todos os dias de comboio de Vila Real de St. António. Eu a viver em Faro.


No andebol, aquela finta resultava sempre em golo. Eu, como guarda-redes, caía sempre.


No futebol juvenil, ele pelo Lusitano, de VRSA, eu pelo Louletano (com o Seruca Emídio, o Vitor Aleixo). Tivemos alguns confrontos (amigáveis, diga-se).


Mais tarde, ele como Diretor do Jornal do Algarve e eu como autarca em Alcoutim e agora em Castro Marim. Conseguiu manter, senão reforçar, a qualidade e o prestígio do centenário Jornal do Algarve.


A nossa amizade, sem papas na língua, reforçou-se.


A espontaneidade, a naturalidade e a amizade eram apanágio da nossa relação.


Tenho dificuldade em aceitar que acabaram os nossos almoços…


Um abraço de solidariedade à Luísa e às filhas, da mesma idade da minha Joana.


A nossa amizade que resistiu às diferenças de pensamento, de sensibilidade e clubísticas, irá para além das contingências da morte.

Francisco Amaral

*Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim

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