Ministra da Cultura garante que não haverá cortes orçamentais

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A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, anunciou hoje que não haverá cortes orçamentais no setor, invocando “solidariedade interministerial.

Gabriela Canavilhas esteve hoje reunida com várias plataformas de artes. No final da reunião, em declarações aos jornalistas na presença de todos os participantes, afirmou que “não será mais necessário fazer cortes no setor da cultura”. “Informo que já não é preciso proceder às reduções e aos cortes no setor cultural, numa medida articulada com o Governo”, disse Gabriela Canavilhas sem adiantar outros pormenores.

Questionada como tinha conseguido evitar esses cortes, a ministra limitou-se a invocar a “solidariedade”, não deixando de referir que reconhece que “é necessário o esforço de todos” para combater a crise. A ministra frisou várias vezes “a solidariedade do primeiro ministro”, José Sócrates, mas também “de todo o Governo” e o “esforço forte” do ministério que dirige. “Esta medida [o corte de 10 por cento nos contratos em curso ou a realizar durante o corrente ano e de 12,5 por cento na cativação das verbas do Ministério da Cultura] estava-me a custar horrores”, declarou Gabriela Canavilhas que frisou que “a ministra não desistiu desde a primeira hora”. “O Ministério da Cultura só existe porque existem artistas e um setor cultural que deve ser cuidado, regulado e estimulado”.

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Os representantes das diferentes entidades – Associação Portuguesa de Realizadores, Plataforma de Cinema, Plataforma de Teatro, Plateia, REDE – Estruturas de Dança e Plataforma de Artes Visuais – manifestaram a sua satisfação por o Governo ter reconhecido a vitalidade do setor “que se uniu pela primeira vez”. Gabriela Canavilhas reconheceu “o movimento cívico forte” que uniu pela primeira vez todo o setor e afirmou que continuará “a dialogar” com ele.

Questionada quanto a medidas futuras, designadamente no próximo Orçamento de Estado no tocante ao seu Ministério, Canavilhas afirmou que “se manterá a postura de diálogo construtivo para se encontrar as soluções conforme os problemas forem surgindo”. Relativamente à demissão de ex-diretor geral das Artes Jorge Barreto Xavier, a ministra assinalou que “era uma demissão anunciada”.

Quanto ao novo diretor geral das Artes, João Aidos, vindo do Teatro Virgínia de Torres Novas, a ministra apontou que tem “as melhores expetativas”. João Aidos “é exatamente o perfil que necessitamos para consolidar na Direção Geral das Artes uma estratégia com futuro, planificação que envolve uma rede efetiva de teatros âncoras espalhados pelo país que sejam motores da economia local e cultural e que funcionem em rede”.

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