A22: Comissão de Utentes assinala 9º aniversário do “calvário” das portagens

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A Comissão de Utentes da Via do Infante recordou hoje que passam esta terça-feira nove anos que foram impostas portagens naquela via, classificando de “autêntico calvário para o Algarve” o tempo que decorreu desde então.

“Neste dia 8 de dezembro de 2020 assinala-se mais uma efeméride muito negativa e injusta para o Algarve – 9 anos de portagens impostas pelo Governo PSD/CDS, com o apoio do PS, precisamente do dia 8 de dezembro de 2011”, sublinha a Comissão, salientando que a mobilidade na região “regrediu mais de 20 anos e as desigualdades territoriais agravaram-se”.
Destaca que os prejuízos económicos e sociais têm sido enormes e muitas vidas se perderam, pois as portagens na Via do Infante obrigaram ao desvio em massa do trânsito para a EN125.

Recorda que ainda hoje aquela via não foi totalmente requalificada entre Olhão e Vila Real de Santo António, o que tem potenciado os acidentes rodoviários, acusando o PS e o PSD de serem “os principais responsáveis pela discriminação das populações do Algarve”.
Recorda que, por força do Orçamento de Estado para 2021, as portagens no Algarve irão sofrer uma redução de 50%, contra a vontade do Governo e do PS. “Trata-se de uma medida positiva, o que representa algum alívio para os utentes, empresas e populações, mas o que se impõe é a abolição, pura e simplesmente das portagens na região”.

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“É uma luta que a Comissão de Utentes continuará a prosseguir até ao fim. O PS, há uns anos atrás, prometeu uma redução das taxas de portagem em 50%, mas nunca cumpriu. Mas agora acabou por vergar por força do voto das oposições na Assembleia da República”, diz a comissão liderada por João Vasconcelos.
“É precisamente isto que devia ocorrer – a abolição das portagens – numa altura em que o Algarve está a viver uma das mais graves crises da sua história e que se vai agravar dramaticamente, por força da pandemia, da monocultura do turismo e da falta de apoios por parte do Governo”, acrescenta, lamentando que o governo não tenha “intenções de responder, positivamente, à emergência social e económica que o Algarve está a atravessar”.

“A região já conta com mais de 25 mil desempregados e é previsível que muitas empresas sejam atiradas para a falência, fazendo aumentar o desemprego, as dificuldades e as necessidades das populações”, conclui.

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