Pela décima vez, o Parlamento rejeitou esta sexta-feira o fim das portagens na Via do Infante, depois de PS, PSD e CDS-PP terem chumbado as iniciativas legislativas do PCP, Bloco de Esquerda e Verdes, no sentido da abolição da cobrança de portagens na A22.
Por outro lado, a suspensão da cobrança durante as obras na estrada nacional 125 – uma posição defendida pelo PSD e CDS-PP, que propunham atenuantes à cobrança enquanto decorrerem obras na estrada nacional 125 – também foi chumbada, com os votos do PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes.
Em relação à proposta para a eliminação das portagens, quatro deputados socialistas eleitos pelo Algarve (Jamila Madeira, Luís Graça, António Eusébio e Fernando Anastácio) votaram favoravelmente, mas a proposta acabou, no entanto, por ser novamente rejeitada.
Refira-se que, no ano passado, já tinham sido rejeitadas várias propostas do PCP, Bloco de Esquerda e Verdes no sentido da abolição das portagens na Via do Infante,
No debate das propostas, que decorreu ontem, quinta-feira, o deputado socialista António Eusébio afirmou que, na sequência da decisão do Governo de introduzir em agosto de 2016 descontos de 15% nas ex-scut, inclusivamente na A22, hoje existe maior convicção que “a redução das portagens gera aumento de tráfego e que reduzindo-as é possível manter a receita do Estado”.
António Eusébio disse ainda que “Portugal não dispõe de condições financeiras e económicas para defender uma solução livre de portagens” e por isso, “responsavelmente, o compromisso do PS foi o de progressivamente diminuir o valor das portagens da A22”.
JA