Acabaram-se os anéis… e os dividendos

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A privatização da EDP, a primeira feita pelo Governo, em dezembro de 2011, abriu a porta ao investimento chinês em Portugal

A 12 dias das eleições, e com os partidos em plena campanha, o Governo ainda estava a fechar dossiês relacionados com as privatizações: a venda da CP Carga e as concessões da Carris e do Metro de Lisboa foram concluídas esta semana. O Executivo de Pedro Passos Coelho cumpriu praticamente à risca o programa de privatizações acordado com a troika. Vendeu o que restava da EDP (25,49%), da REN (51%) e da Galp (1%), privatizou 100% dos CTT e da ANA — Aeroportos de Portugal, alienou 61% da TAP e 85% da Fidelidade. Avançou com oito operações de privatização e seis concessões a privados. E encaixou €9,6 mil milhões, praticamente o dobro dos 5 mil milhões de euros que estavam previstos no memorando de entendimento.

O Governo nunca escondeu que queria ir além da troika, e foi. Saiu completamente do sector energético, passou a concessão dos aeroportos portugueses para as mãos dos franceses Vinci, deixou de estar nas comunicações ao vender os correios e praticamente saiu dos seguros, com a venda da Fidelidade aos chineses da Fosun. O Executivo entregou o controlo do capital ou da gestão de 14 empresas públicas, e nesse sentido foi o governo que mais o fez. Houve algumas greves e contestação social, sobretudo nas empresas de transportes, com destaque para a TAP e o Metro de Lisboa, que não impediram que as operações se fizessem.

RE

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