A Festa do Banho 29 de Lagos acolheu uma ação contra o furo que está previsto ao largo de ALjezur, do consórcio Eni/Galp, que tem a intenção de avançar com a operação já a partir de 15 de setembro.
A iniciativa foi promovida pela associação AORCA (Associação de Observação, Regeneração e Criação na Atualidade, fundada em abril de 2018, em Lagos, e contou com a participação de centenas de apoiantes, entre residentes e turistas, assim como movimentos nacionais e internacionais.
A ação teve igualmente o apoio da Associação Terras do Infante – municípios da Vila do Bispo, Aljezur e Lagos, que distribui pulseiras à população, ao longo de toda a Festa do Banho 29, com a mensagem “Diz Não ao Furo”, juntamente com um panfleto que “apela ao cidadão a consumir menos e mais conscientemente e a participar nos movimentos sociais”.
“Municípios, movimentos e cidadãos começam a caminhar juntos por uma cultura mais ‘limpa’ e sustentável em Portugal e mostram claramente que estão contra o furo de Aljezur”, salientam os promotores do protesto.
Entretanto, a batalha jurídica em torno da prospeção de petróleo no Algarve continua nos tribunais, depois de o Ministério do Mar e as empresas petrolíferas terem apresentado um novo recurso contra a sentença do Tribunal de Loulé. Há cerca de três semanas, este tribunal decidiu suspender a autorização para realizar o furo ao largo de Aljezur. Mas esta “procissão” ainda vai no “adro”. A partir de agora, todos os recursos e contra-alegações serão decididos pelo Tribunal Central Administrativo do Sul, em Lisboa.
NC|JA