A queda do avião que efetuava um voo entre as cidades de Porlamar e Puerto Ordáz, na Venezuela, fez 15 mortos e 36 feridos, confirmaram as autoridades.
“Já verificado pelos centros de saúde, no total temos 36 pessoas que se encontram com vida e 15 que, lamentavelmente, faleceram”, disse o ministro luso-venezuelano de Transporte e Comunicações, Francisco Garcês, durante uma conferência de imprensa no estado de Bolívar.
O ministro sublinhou que os sobreviventes estão a ser atendidos e contam com todo o apoio das autoridades, vincando a participação de bombeiros, proteção civil e trabalhadores da empresa estatal Siderúrgica de Orinoco (Sidor) no resgate das pessoas.
Francisco Garcês enviou ainda palavras de condolência e respeito aos familiares das vítimas.
Segundo o governador do estado venezuelano de Bolívar, Francisco Rangel Gómez, trabalhadores da Sidor subiram aos restos do avião, que caiu em terra, e aos “pontapés” conseguiram abrir a aeronave para tentar salvar vidas.
“No estado de Bolívar vamos decretar três dias de luto, por decreto do executivo nacional”, anunciou ainda o responsável, que adiantou que entre os falecidos está Eliz Sovero, secretário de Administração e Finanças Regionais.
“Várias pessoas já estão em casa, duas regressaram a Margarita”, disse, vincando que “houve um milagre no dia de hoje”.
Seis dos falecidos estão ainda em processo de identificação. Um dos tripulantes sobreviveu ao acidente.
O avião, um ATR42 da estatal Conviasa, caiu pelas 10:20 locais (15:30 em Lisboa) de segunda feira, a aproximadamente 10 quilómetros do aeroporto Internacional do Orinoco Manuel Carlos Pilar e transportava 51 pessoas a bordo, 47 passageiros e quatro tripulantes.
Segundo o diretor dos serviços de Proteção Civil da região de Caroní, José Zamora, a aeronave caiu nas proximidades do “portão 4” da empresa Siderúrgica de Orinoco, sobre resíduos de materiais siderúrgicos.
Os sobreviventes estão a ser atendidos no hospital de Uyapar e nas clínicas Unare, Chilemex e Vitalsalud.