Aeroporto Internacional de Faro Almirante Gago Coutinho

É para mim uma honra integrar o núcleo de subscritores que ousaram propor a Homenagem ao Almirante Gago Coutinho, comemorando, primeiro, a efeméride do seu aniversário (adiado por motivo da pandemia Covid19) e agora a do Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, a primeira viagem aérea sem referenciação fixa, terrestre ou náutica, só possível dado o seu saber, não só adaptando o sextante à condição de instrumento imprescindível à navegação aérea ao dotá-lo da capacidade de usar um horizonte artificial, como ainda inventando um aparelho “corrector de rumos”, sem o qual, dada a velocidade da deslocação do avião, não seria possível corrigir atempadamente o rumo adequado à aeronave.
Muito mais será de admirar à brilhante mente do Almirante Gago Coutinho enquanto geógrafo, matemático, Homem de Ciência universalmente reconhecido e pilar aglutinador da amizade entre Povos como tão bem o Brasil o demonstrou quando o acolheu e celebrou.
O seu enraizamento algarvio determina-nos o especial dever de propor o seu nome ao Aeroporto Internacional de Faro que muito enriquecido ficará ao lhe ser acrescentado o nome de tão ilustre Português, tornando-o ainda mais conspícuo no Mundo do agora viajante que contemplará num museu que certamente não poderá deixar de ser instalado no Aeroporto Internacional de Faro Almirante Gago Coutinho, a Personalidade que teve a capacidade de iniciar o caminho para a exequibilidade do voo que esse passageiro acaba de fazer ou irá iniciar, marcando também na sua mente a relevância do Algarve para além da sua prazenteira estadia.
Esse viajante que contemplou ou está para contemplar a Fortaleza de Sagres e a magnifica baía de Lagos, sentiu ou vai sentir a “presença” dos navegadores que partiam e chegavam, nas ruas, edifícios, muralhas, e museus da histórica cidade debruçada sobre aquela baía , “vivendo” ou “revivendo” a epopeia marítima desenvolvida pelo Infante D. Henrique, também gravará no seu espírito para todo o sempre a epopeia aérea iniciada igualmente em Portugal pelo Almirante Gago Coutinho, onde o Aeroporto com o seu nome e a respetiva evocação museológica constituirão o cinzel dessa gravação.

Fernando Esteves Franco

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