Águas do Algarve reforça produção de “energia verde”

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Central de biogás da ETAR de Lagos

Empresa acaba de instalar central de aproveitamento de biogás, que vem juntar-se aos diversos sistemas fotovoltaicos que já funcionam um pouco por toda a região. Refira-se que Portugal é, depois da Grécia e da Espanha, o país da União Europeia com maior potencial de aproveitamento de energia solar

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A empresa pública Águas do Algarve colocou em exploração no início deste mês de março uma central de aproveitamento de biogás, resultante do processo de tratamento da ETAR de Lagos, para a produção de energia elétrica.

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Integrada na estratégia da empresa, esta infra-estrutura beneficia do regime remuneratório da minigeração, prevendo-se uma produção anual na ordem dos 250 MWh. Este novo equipamento evitará a emissão de aproximadamente 118 tonenalas de dióxido de carbono para efeito da contabilização da intensidade carbónica por emissão de gases com efeito de estufa.

Evitará, ainda, o consumo de 54 “tep” (tonelada equivalente a petróleo), considerando o rendimento elétrico médio das centrais termoelétricas que usam combustíveis fósseis.
A energia elétrica produzida representará cerca de 21 por cento da energia elétrica consumida nas instalações de utilização de energia da ETAR de Lagos. A receita representará cerca de 31 por cento dos encargos totais nesta rúbrica.

Apostando na diversificação dos aproveitamentos destes recursos endógenos, quer da região, quer dos ativos que integram a concessão da empresa, foi instalado ainda um projeto-piloto de uma central micro-hídrica, consumindo-se na instalação toda a energia elétrica produzida.

Assumindo-se os encargos de energia elétrica a principal componente no âmbito da atividade da empresa, a Águas do Algarve tem, ainda, em carteira três projetos, no âmbito dos aproveitamentos solares fotovoltaicos.

De acordo com a empresa, estes projetos junto com outros do mesmo âmbito que já estão em funcionamento, permitirão à Águas do Algarve produzir aproximadamente 5 por cento da energia elétrica total consumida anualmente e reduzir o seu encargo em cerca de 16 por cento.

Os responsáveis da Águas do Algarve explicam que estas medidas “assumem especial relevância, reduzindo a exposição da empresa às variações de preços de energia, formadas em regime de mercado e que incorporam ainda variações emergentes das tarifas de acesso às redes, fixadas anualmente pela ERSE, trazendo valor acrescentado à nossa atividade”.

55 sistemas fotovoltaicos na região

A empresa pública Águas do Algarve tem vindo a concretizar diversos investimentos no âmbito do aproveitamento de energias alternativas para a produção de energia elétrica, integrados nos sistemas multimunicipais de abastecimento de água e de saneamento do Algarve, refletindo o quadro de sustentabilidade económica e ambiental que tem pautado a sua atividade.

A Águas do Algarve já instalou por toda a região 55 sistemas de microprodução fotovoltaicos (com uma potência unitária de 3.68 kW) e dois sistemas de miniprodução fotovoltaicos (com uma potência unitária de 93 kW ). Estes equipamentos têm sido implementados aproveitando os regimes remuneratórios bonificados disponibilizados pelo Governo, que mitigam o risco intrínseco ao retorno do investimento, fixando as tarifas remuneratórias num período pré-determinado, injetando a totalidade da energia elétrica produzida na Rede Elétrica de Serviço Público.

No seu conjunto, estas instalações, que integram o ativo da empresa, produzem anualmente um volume de energia elétrica na ordem dos 609 MWh. Com estes equipamentos, a Águas do Algarve tem evitado a emissão de aproximadamente 287 toneladas de dióxido de carbono e o consumo de 131 “tep” (tonelada equivalente petróleo), considerando o rendimento elétrico médio das centrais termoelétricas que usam combustíveis fósseis.

Como funcionam estes sistemas?

De acordo com o portal de energia, neste tipo de sistema (fotovoltaicos) a radiação do sol é convertida em energia eléctrica por intermédio dos chamados semicondutores, que são configurados em elementos denominados de células fotovoltaicas. Uma vez que cada célula produz uma corrente contínua de intensidade relativamente fraca, procede-se à sua associação para obter, após encapsulamento, um conjunto denominado módulo fotovoltaico. O agrupamento de módulos, colocados numa mesma estrutura de suporte, forma um painel. Quando incide luz solar com energia suficiente sobre estas estruturas, produz-se uma corrente de electrões, obtendo-se assim energia eléctrica utilizável.

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