A recente morte de um turista inglês de 50 anos, durante um assalto em Albufeira, está a provocar uma onda de indignação no Reino Unido e não só. Agora é a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) que reclama mais efetivos policiais para assegurar a segurança na região.
“A falta de entendimento dos poderes públicos sobre a substância da atividade turística do Algarve, tem contribuído, decisivamente, para colocar em causa uma das valências competitivas mais importantes da oferta turística regional – a segurança”, refere a associação, em comunicado.
Segundo os hoteleiros, os últimos acontecimentos trágicos ocorridos em várias zonas turísticas do Algarve, nomeadamente em Albufeira, “são a consequência natural da incapacidade dos poderes públicos em responder às necessidades de uma região, cuja base económica assenta na atividade turística”.
Nesse sentido, a AHETA exige um reforço substancial dos efetivos policiais deslocados na região, face ao número de residentes, turistas e visitantes que procuram anualmente o Algarve. “Esta é a solução comprovadamente mais eficaz para a diminuição de uma criminalidade violenta, galopante e de contornos até agora desconhecidos entre nós”, frisa o comunicado enviado ao JA.
“Optimistas trágicos”
Temos de continuar a ser uns optimistas trágicos para continuar a acreditar, que todo este problema da nossa “insegurança” deixará de ser tratado apenas pela plasmação nos programas televisivos sempre que haja qualquer novo crime. Filma-se, reitera-se novas promessas e tudo continuará na mesma, porque sob o guarda-chuva eufemístico do chavão “crise”, tudo se acobertará como se fosse a saia da avó.