A rede de televisão árabe Al-Jazeera, do Qatar, foi hoje proibida de operar no Egito. A proibição veio do ministro da Informação egípcio, Anas El Feki, após uma extensa cobertura da emissora sobre os protestos contra o regime do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos. A decisão foi anunciada pela agência oficial Mena.
A TV classificou a proibição como uma tentativa de “silenciar o povo egípcio”. O governo do país já restringiu o acesso à internet e telefonia após o aumento da violência, que começou na terça-feira, 25 de janeiro.
Não há dados oficiais sobre o número de mortos, mas agências internacionais de notícias estimam cerca de 100 óbitos. Entidades de Direitos Humanos querem acesso aos corpos, muitos supostamente mutilados. O governo diz que as vítimas estavam tentando saquear lojas e foi necessário detê-las.
O Egito estabeleceu um toque de recolher para sábado e domingo, mas a restrição foi desobedecida por manifestantes. Há também registros de roubos e tumultos em subúrbios da capital Cairo.