O espólio do Jornal “a Avezinha”, fundado em Paderne, a 21 de fevereiro de 1921, por quatro mulheres, vai estar disponível ao público, mediante um protocolo com o município.
O objetivo é “permitir o acesso àquele vasto manancial de edições, livros e maquinaria que ao longo do tempo permitiu a saída do jornal algarvio, liderado desde o 25 de Abril por Arménio Aleluia Martins, uma das personalidades mais conceituadas da cultura algarvia”.
No sentido de apoiar pessoas carenciadas da aldeia de Paderne, as jovens Maria Marques, Maria Elói, Maria Mendes e Maria Correia, resolveram no início do ano de 1921 fundar um jornal intitulado “a Avezinha”.
As duas primeiras edições, em março e abril de 1921, foram manuscritas e apresentavam os seus contos e poemas. Como a venda se traduziu em sucesso, o então pároco de Paderne, padre João dos Santos Silva, tomou a iniciativa de editar o jornal, ficando como o seu diretor.
Até 1936 o jornal era mensal e trazia artigos das fundadoras e de outras mulheres, também com pseudónimos como Camélia, Gardénia, Margarida, Orquídea e outros. Nesse ano foi suspenso, para só retornar depois do 25 de Abril, com Arménio Aleluia Martins.
Em abril de 1983, o jornal passou a ser publicado quinzenalmente e, em janeiro de 1984, semanalmente. No começo do século XXI, o jornal era semanal e estava disponível em página específica na internet. Atualmente, o jornal é publicado apenas no facebook.
“Com este protocolo, será possível patentear ao público uma biblioteca com o acervo bibliográfico do jornal, bem como toda a maquinaria e equipamentos utilizados ao longo dos anos”, adianta a autarquia de Albufeira.
Também a biblioteca municipal Lídia Jorge irá dispor de uma cópia fac-similada de todas as publicações do “a Avezinha”, título que em 20 de agosto de 2007 deu nome a uma rua da cidade.
Uma visita a parte deste espólio pode ser feita virtualmente através de www.youtube.com/watch?v=PGOnNcl5mI8.
JA