“Por se tratar de um orçamento com muitas lacunas, desorçamentação redutora da transparência exigida, bem como opções políticas discutíveis e a tentativa de um aumento de impostos poderia apontar para o voto contra do Partido Socialista”, começa por argumentar o PS.
“Quem tem experiência de gestão pública e dinheiros públicos sabe que um mau orçamento, continua a ser melhor que uma gestão por duodécimos, que bloqueia o investimento, a gestão dos apoios e permite uma gestão executiva desresponsabilizada quanto aos seus compromissos. O chumbo do orçamento seria a desculpa perfeita para o executivo não fazer o que lhe compete e atribuir à oposição a sua inércia e incompetência”, sustentam os socialistas.
Apesar do referido, verifica o PS que o orçamento “mantém um reforço na descentralização de competências nas freguesias, que permitiram um trabalho de proximidade junto das populações no mandato anterior, muito do agrado e sentido pelos munícipes”.
“Por esses motivos optamos pela abstenção, já que ser oposição é ter noção das responsabilidades e do impacto das nossas ações na vida dos munícipes”, sustenta o PS.
“Quando ainda atravessamos uma pandemia, quando há gente e negócios que sofrem, um orçamento de estado que também já vai funcionar em duodécimos, trazer para Albufeira mais este constrangimento seria irresponsável da nossa parte”.
No entanto, acautela o PS, este benefício da dúvida poderá expirar na votação do próximo orçamento, “caso o atual executivo não leve a cabo as correções necessárias, seja na falta da sua concertação com a oposição, seja nas próprias falhas apontadas. Caberá ao executivo a responsabilidade de criar as condições para a sua aprovação”.