Alcoutim coloca a alimentação no centro da vida das pessoas

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O município de Alcoutim celebrou recentemente um protocolo com a Associação ln Loco, para a dinamização e organização das atividades de sensibilização e capacitação no âmbito do projeto-piloto de criação do Observatório Regional de Segurança Alimentar do Algarve (ORSAA).

Uma destas iniciativas é “O Prato Certo”, que ao longo de três anos (2019-2021) propõe-se realizar “uma estratégia de recolocação da alimentação no centro da vida das comunidades, sensibilizando e capacitando os participantes e os cuidadores para assumirem o controlo sobre a sua alimentação e a do seu agregado familiar, segundo os princípios orientadores do estilo de vida mediterrânico”.

De acordo com a Associação In Loc, “o desafio atual é o de mudar à escala local comportamentos e atitudes face à alimentação, num contexto de recursos escassos e um marketing agressivo da alimentação industrial e massificada, apoiando as pessoas e os seus cuidadores na difícil tarefa de realizar escolhas informadas que contribuam de forma significativa para a melhoria da sua qualidade de vida”.

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Nesse sentido, a carrinha “Prato Certo sobre rodas” irá junto dos grupos em maior risco e dos seus cuidadores, sensibilizando para a alimentação saudável e acessível, aproximando produtores e consumidores e demonstrando de forma inequívoca como a alimentação pode ser deliciosa, saudável e económica.

“O Prato Certo” é um vasto programa de duas centenas de atividades criativas de educação alimentar itinerante dinamizada por uma equipa composta por nutricionistas, chefes, nutricionistas e cientistas sociais, em estreita colaboração com os técnicos das entidades parceiras, que envolverá diretamente mais de 1400 participantes e cuidadores dos grupos prioritários de intervenção em todos os municípios do Algarve.

Os números são impactantes: no Algarve, dados recentes revelam que mais de nove mil residentes reportam insegurança alimentar grave, treze mil moderada e 106 mil ligeira, dados que vêm sublinhar a expressão bipolarizada deste problema social, numa região em que 16.500 residentes beneficiam do Banco Alimentar e que 55,5% tem excesso de peso.

“Escolhas alimentares pouco informadas, lacunas nas competências em termos de alimentação adequada e limitações financeiras, são alguns dos elementos-chave que estão na base desta situação”, referem os promotores deste projeto, que propõe a educação alimentar como estratégia central de intervenção.

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