Alcoutim: Contrabandistas e guardas-fiscais “regressam” às margens do Guadiana

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Festival do Contrabando decorre até domingo. Recriação do tempos em que muitos residentes faziam contrabando para sobrevir e arriscavam, muitas vezes, a vida, para não ser apanhados pelos guardas-fiscais, em Portugal, e pelos carabineiros, no lado espanhol

DOMINGOS VIEGAS

Contrabandistas, guardas-fiscais e carabineiros (o equivalente em Espanha aos antigos guardas-fiscais) estão de regresso às margens do Guadiana, agora acompanhados por vendedores ambulantes e mestres de outros ofícios, artistas de rua, músicos e poetas, entre outros.

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Trata-se da segunda edição do Festival do Contrabando, que começa esta sexta-feira e decorre até domingo em Alcoutim e na localidade espanhola de Sanlúcar do Guadiana, localizada na margem oposta do rio. Este ano também será possível passar o Guadiana a pé, através de uma plataforma que será instalada entre as duas localidades e sobre as águas do rio.

Entre as novidades para esta segunda edição, e além do facto do evento ter três dias em vez de dois, destaque para duas estreias em Portugal em termos de artes de rua: Chacovachi (Fernando Cavarozzi), um palhaço e bufão argentino, que apresenta o espetáculo “Cuidado! Um palhaço mau pode arruinar a tua vida”, bem como Adam Read, artista sem fronteiras, que trabalhou no Cirque du Soleil e que levará a Alcoutim algumas das suas personagens (palhaços ou mimos sobre andas) e os espetáculos “Mezzanine”, “La Strato”, “Parasomnia” e “The Giant”.

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Durante a manhã de sexta-feira realizam-se as Jornadas do Contrabando, no edifício das Finanças (antigo posto da Guarda Fiscal), antecedendo a abertura oficial do festival, que acontece às 14h00. A ponte flutuante abre uma hora depois. Serão três dias animação cultural e de recriação histórica, com as vivências das tabernas, a sátira social e a troca de informações, os jogos populares e as rixas de cajados a invadir as ruas das duas localidades da raia do Guadiana.

Os palcos, espalhados pelas zonas históricas de Alcoutim e de Sanlúcar do Guadiana, vão receber durante os três dias diversos espetáculos de música, artes circenses e teatro, com artistas nacionais e estrangeiros. Paralelamente decorre o Mercado de Ofícios e Feira (abre às 14h00 na sexta-feira e às 11h00 no sábado e no domingo) e os desfiles etnográficos, com personagens típicas, pelas ruas das duas vilas (a partir das 15h00 de sábado e de domingo). Também não faltarão as tasquinhas com gastronomia local e um encontro de poesia popular.

Este ano haverá espetáculos musicais nas três noites do evento: Fado Violado (sexta-feira, 20h00), Roncos do Diabo (sábado, 21h15) e Moçoilas (domingo, 19h00), os três no Cais Novo de Alcoutim. Na sexta-feira (a partir das 22h00) e no sábado (a partir das 23h00), haverá concertos pós-festival com Atelier do Acordeão e Baixinho do Fado, respetivamente, bem como ‘chill out’ com Robert Black, no Castelo de Alcoutim.

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Durante o festival estarão patentes duas exposição: “Dona Esteva Primeira”, na Casa dos Condes de Alcoutim e que mostrará 21 anos de Cerâmicas de Alcoutim, e a mostra “Memórias de Sanlúcar”, na antiga pousada de Sanlúcar do Guadiana (Espanha). No sábado e no domingo decorrerão diversos ateliês, na Casa dos Condes, onde será possível aprender a fazer empreita, apitos de cana, a fiar linho com a roca, a trabalhar com a roda manual do oleiro, bem como a fazer bijuteria com madeiras e sementes.

O evento é organizado pela Câmara Municipal de Alcoutim em parceria com o Município de Sanlúcar do Guadiana. Conta com o apoio do Governo de Portugal, Turismo de Portugal, Região de Turismo do Algarve, programa cultural “365 Algarve”, Junta da Andaluzia e Mancomunidad da Betúria.

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