Alcoutim: Osvaldo Gonçalves quer uma “verdadeira política” de descentralização e de desenvolvimento para o interior

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Osvaldo Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Alcoutim (FOTO: Jornal do Algarve)

O presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves, afirmou que não deseja “políticas de descriminação positiva” para o seu município, mas defendeu que o Governo deve concretizar uma “verdadeira política de descentralização e desenvolvimento” para minimizar as assimetrias existentes entre os grandes centros urbanos e as zonas do interior.

No seu discurso, integrado na sessão solene comemorativa do Dia do Município e perante o secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro, o autarca socialista referiu ainda que esta política de descentralização e desenvolvimento, dever ser “integrada e inclusiva”, deve ser “reflexo do perfil de necessidades e potencialidades de cada município” e possibilitar aos cidadãos “igualdade de acesso a direitos e serviços públicos de qualidade”.

Desenvolvimento baseado nos recursos locais

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Por seu turno, António Leitão Amaro recordou que o povoamento dos territórios “tem ciclos que são mais fortes do que a vontade dos governos” e que, ao longo da sua história, Alcoutim “viveu momentos de mais e de menos centralidade”.

No entanto, o governante admitiu que, tal como acontece noutras zonas do mundo, Portugal “sofre com a concentração das populações nas grandes cidades”, que o país “é demasiado centralista” e que “as entidades públicas e as opções políticas também têm responsabilidades neste processo”.

O secretário de Estado defendeu que o caminho da coesão territorial “não se faz só com estradas e serviços públicos”, recordando que, há algumas décadas, Alcoutim tinha “menos serviços e menos infraestruturas, mas havia mais população”.

Para o secretário de Estado da Administração Local, o desenvolvimento destas zonas do interior tem que ser feito com “uma maior aposta na geração de riqueza e na criação de emprego”, bem como com a aposta no “desenvolvimento económico baseado nos recursos de cada território”, dando como exemplo os recursos culturais, naturais, os pequenos negócios e o turismo.

A partilha de recursos entre os municípios e o diálogo entre as empresas e as instituições do conhecimento foram outras das linhas de ação lançadas por António Leitão Amaro.

Domingos Viegas

(Reportagem completa na edição impressa e semanal do Jornal do Algarve, que está nas bancas desde quinta-feira)

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