A Alemanha recusa aumentar a capacidade de empréstimo consolidado dos mecanismos destinados a evitar o contágio da crise da dívida na União Europeia e também de dotá-los de licença bancária, informou na noite desta quinta-feira uma fonte ligada às negociações em Bruxelas.
Estes são dois dos pontos mais polémicos do projeto de declaração analisado pelos líderes dos 27 países da União Europeia que assistem à Cimeira de Bruxelas.
O documento prevê que o Mecanismo de Estabilidade Financeira (MEDE), cuja entrada em vigor deve ocorrer em meados de 2012, tenha uma capacidade de empréstimo de 500 mil milhões de euros.
A este valor podem somar-se 250 mil milhões de euros do Fundo de Estabilidade Financeira, que seguirá ativo até meados de 2013 para garantir o financiamento dos programas em curso.
O projeto de declaração prevê que as decisões serão aprovadas por maioria qualificada de 85% e não por unanimidade, como até ao momento, o que enfrenta a oposição de vários pequenos países.
Os dirigentes da União Europeia estão de acordo sobre o endurecimento da disciplina fiscal na zona do euro, “mas falta resolver a forma” jurídica de sua aplicação.