Algarve é a segunda região do país que mais recorre ao microcrédito

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O Algarve surge na segunda posição, a nível nacional e no primeiro semestre do ano, no âmbito dos projetos de microcrédito. A região algarvia é responsável por 20 por cento dos projetos aprovados em todo o país, sendo apenas superada por Trás-os-Montes, revelou a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC).

A ANDC iniciou o segundo semestre de 2014 com 74 projetos já creditados e 50 projetos a aguardar a aprovação de crédito. Para aaquela entidade, trata-se de uma “evolução muito positiva” relativamente ao ano anterior. O valor total dos projetos creditados é de 758.807 euros.

“Este número deverá continuar a subir tendo em conta as candidaturas recebidas através do site da ANDC, verificando-se também um aumento de 29% em relação ao ano anterior”, revela a mesma entidade.

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No total geral, o número de candidatos a microcrédito com ensino superior, nos últimos anos (2012 e 2013), tem vindo a aumentar, no entanto, neste primeiro semestre de 2014, o nível de escolaridade mais representado situa-se no 12.º ano.

Ainda considerando as habilitações literárias, o número de candidatos com escolaridade abaixo do 3.º Ciclo do Ensino Básico diminuiu em relação a anos anteriores.

Os jovens com menos de 30 anos representam 32 por cento no total de projetos aprovados, mas o grupo com idade superior a 40 anos, principalmente o grupo etário entre os 41 e 50 anos de idade, tem vindo a subir.

“Este balanço positivo deve-se à aposta da ANDC em manter o serviço personalizado e o acompanhamento de proximidade com cada candidato, que caracteriza o trabalho da associação desde a sua fundação, em 1998”, considera a associação.

A ANDC garante que está também atenta ao impacto do microcrédito no desenvolvimento da economia local, colocando em diferentes zonas do país técnicos de microcrédito especializados que habitam na região e que conhecem o território em que atuam.

O que é um microcrédito?

O microcrédito é um pequeno empréstimo destinado a apoiar pessoas que, não tendo acesso ao crédito bancário normal, têm uma boa ideia de negócio que pretendem concretizar e para a qual reúnem condições e capacidades pessoais.

A prática da concessão de crédito, material ou financeiro, a pessoas naquelas circustâncias é antiga e concretiza a convicção em todos os seres humanos de que as pessoas “sérias”, mesmo quando se encontram em situação de carência, devem ser merecedoras de crédito.

O grande impulsionador desta ideia foi Muhammad Yunus, hoje Prémio Nobel da Paz, que no princípio dos anos 70, no Bangladesh, e com apenas 27 dólares, que emprestou a 42 famílias provou que não era preciso muito dinheiro para fazer as pessoas ter uma vida autónoma, em relação a especuladores que atrofiavam as suas vidas.

O Grameen Bank, também conhecido como o banco dos pobres, fundado por Muhammad Yunus, já conseguiu dar resposta às necessidades de crédito de mais de 7 milhões de microempreendedores, o que permitiu melhorar as vidas de várias dezenas de milhões de pobres e desfavorecidos do Bangladesh.

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