Algarve entra no sétimo dia de incêndio com fogo ainda descontrolado

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O fogo descontrolado que destrói a serra de Monchique há sete dias continua a avançar em duas frentes, uma no concelho de Monchique e outra no concelho de Silves.

Ainda está por contabilizar o número de casas destruídas pelas chamas, mas pelo menos 20 casas terão ardido no concelho de Monchique, sendo que o incêndio já consumiu mais de 21 mil hectares de floresta.

Durante a noite, centenas de pessoas foram obrigadas a sair de casa. O vento forte e os difíceis acessos estão a dificultar o trabalho dos bombeiros. Um dos casos mais graves aconteceu no bairro do Enxerim, às portas da cidade de Silves, onde os moradores ajudaram os bombeiros a combater o fogo. Esta situação levou à retirada de dezenas de pessoas, que entretanto já regressaram às suas casas.

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Às 09h00 desta quinta-feira, o ponto da situação disponível na página da Proteção Civil indica que estão no terreno quatro meios aéreos e 1.302 operacionais, apoiados por 395 viaturas.

A Proteção Civil apela à população que está nas zonas entre Silves e São Bartolomeu de Messines e a sul de São Marcos da Serra para acatar de imediato as eventuais ordens de evacuação dadas pela GNR.

Apesar deste apelo, já foram registados vários episódios em que os moradores recusam-se a abandonar as suas propriedades e são “forçados” a sair pelos militares.

O JORNAL DO ALGARVE ouviu mesmo duas testemunhas que garantiram haver pessoas que se trancaram dentro de casa e fingiram que não estava ninguém quando chegaram as autoridades. “Assim é que conseguiram salvar as suas casas, porque senão tinha ardido tudo e ficavam sem nada”, refere uma moradora. Há ainda relatos de quem tenha fugido da GNR para não ser levado. Mesmo assim, não há registo de qualquer vítima mortal até ao momento. Já o número de feridos subiu para 32, um dos quais em estado grave.

A Direção-Geral de Saúde alertou a população para os perigos da inalação de fumo que pode provocar danos nas vias respiratórias.

As chamas estão a obrigar ao corte de várias estradas nacionais e municipais.

Entretanto, a Câmara de Portimão está a utilizar o número municipal de Proteção Civil para a gestão de donativos, que desde o início do incêndio em Monchique chegam de forma massiva aos bombeiros e locais onde pernoitam as pessoas afetadas.

A Linha “Proteção 24”, disponível através do número 808 282 112, concentra toda a informação sobre voluntariado e donativos, funcionando como o canal que cidadãos e empresas deverão contactar para poderem prestar o seu contributo de forma útil e direcionado às reais necessidades de bens.

“Perante a imprevisibilidade do voluntariado e principalmente dos donativos
necessários, cuja tipologia se altera de uma forma constante, a Linha Proteção 24,
que funciona ininterruptamente durante 24 por dia, funcionará como o intermediário
que os cidadãos e empresas deverão contactar, em ordem de obterem informação
fidedigna sobre o voluntariado e sobre as reais necessidades de bens para os
bombeiros, bem como o ponto de entrega/acolhimento”, informa a Câmara de Portimão.

NC|JA

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