Algarvios descendem de árabes, judeus e escravos

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A criação da árvore genealógica do Algarve é um projeto único a nível mundial. Vai permitir conhecer os nossos antepassados (FOTO:   PEDRO CUIÇA)

“Toda a gente descende de todo o tipo de gente, como filhos de pais incógnitos, escravos, padres, judeus, árabes, criminosos e gente ilustre. Como reagem depende do que esperam”, afirma Nuno Campos Inácio. O investigador algarvio, que lidera o projeto de criação da árvore genealógica da região, explica esta semana ao JA porque é tão importante conhecer as nossas origens. O seu trabalho é investigar as famílias e as vidas das pessoas que nasceram, casaram, viveram ou faleceram no Algarve. E o resultado pode ser surpreendente: podem encontrar-se antepassados heroicos mas também algumas ligações menos aconselháveis e filhos ilegítimos

 

Nuno Campos Inácio descende ele próprio de três ramos de escravos, de vários ramos de judeus, de filhos de pais incógnitos e tem “a mesma consideração por todos”
Nuno Campos Inácio descende ele próprio de três ramos de escravos, de vários ramos de judeus, de filhos de pais incógnitos e tem “a mesma consideração por todos”

 

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Foi há cerca de 10 anos que Nuno Campos Inácio começou a dedicar-se ao estudo da genealogia do Algarve, de uma forma amadora, “apenas para conhecer as minhas origens”. “A minha ideia era um dia poder mostrar à minha filha as suas origens genéticas”, conta ao JA o investigador algarvio que, em 2007, decidiu alargar o estudo a toda a região algarvia. (Os resultados das suas pesquisas pessoais são surpreendentes e já as revelamos…!)

O projeto de criação da árvore genealógica do Algarve contou desde logo com o apoio dos municípios de Portimão e Albufeira, tendo sido tornado público em 2009. Depois, juntaram-se os municípios de Lagoa e Monchique, sendo que, atualmente, Nuno Campos Inácio já tem outros municípios algarvios em lista de espera, já que este é um trabalho muito meticuloso e demorado.

“O levantamento da informação de uma freguesia demora mais de um ano. Mas acredito que não sejam necessários 71 anos (um por cada freguesia) para concluir o trabalho”, brinca o investigador e escritor algarvio. Mais a sério, diz que, ao ritmo atual, “dentro de 20 anos poderemos deixar de falar num projeto de genealogia regional e passar a falar de um levantamento genealógico regional”.

Um projeto único a nível mundial

Este projeto de genealogia, iniciado há cerca de seis anos, pretende relacionar todas as pessoas que nasceram, casaram ou faleceram na região.

Atualmente, o estudo já conta “com perto de 190 mil indivíduos registados”, todos genealogicamente relacionados com o Algarve.

“Cada um deles tem o nome, o apelido, a data de nascimento, a localidade e freguesia de nascimento, a data de casamento, a identificação do cônjuge, filiação, data do óbito, profissão, título ou estatuto social, descendência, informação sobre os padrinhos, testamento, notas biográficas e fotografias”, explica Nuno Campos Inácio.

Para encontrar esta informação, o investigador consulta vários documentos, todos eles com mais de um século, como “chancelarias régias, processos de habilitação, processos de inquisição, livros de matrículas e, principalmente, registos paroquiais”.

“São mais de dois milhões de dados registados, sendo um projeto único a nível mundial. No final, permitirá criar uma árvore genealógica global da região algarvia, que será de livre acesso à população em geral, em qualquer parte do mundo, através do site www.genealogiadoalgarve.com”, realça.

Descobrir os nossos antepassados

O modo como se processa a investigação pode parecer difícil e complexo, mas até é “muito simples”, salienta Nuno Campos Inácio. “Começo no livro de registos de casamentos mais antigo de cada freguesia e passo toda a informação relevante para o portal de genealogia, até chegar ao casamento mais recente. Esta rede de matrimónios permite criar o primeiro esboço da árvore global, que vai posteriormente sendo concluída com a inclusão dos batismos, também dos mais antigos até à atualidade. Isto obriga-me a consultar todos os documentos, um a um”, refere.

Mas investigar as famílias e as vidas das pessoas pode ter que se lhe diga, isto é, podem encontrar-se antepassados heroicos mas também algumas ligações menos aconselháveis e filhos ilegítimos.

“Todas as genealogias têm de tudo um pouco. As pessoas não têm bem a noção do que estamos a falar até terem a possibilidade de ver”, afirma o investigador, frisando que, quando se recuam 20 gerações (nascidos entre 1550 e 1575) – ou mais -, os resultados são imprevisíveis.

“Só na freguesia de Alferce (Monchique), por exemplo, uma criança nascida em 2015, resulta da combinação genética de 524.288 indivíduos nascidos na segunda metade do século XVI. Falamos em um quarto da população portuguesa. Daqui percebemos que ninguém tem ascendentes de uma só freguesia, nem de um só município, nem de uma única região; percebemos que toda a gente descende várias vezes dos mesmos casais, através de casamentos entre primos; que toda a gente descende de todo o tipo de gente de uma localidade, como filhos de pais incógnitos, escravos, padres, judeus, árabes, criminosos e gente ilustre”, acentua.

O que dizem os teus genes?

O modo como as pessoas reagem aos resultados da sua árvore genealógica “depende do que esperam”. “Se um indivíduo pretende demonstrar que descende só de famílias nobres tenderá a desvalorizar a ocorrência ou dizer que a genealogia está errada. Se apenas pretende conhecer as suas origens, normalmente reagem com graça”, revela Nuno Campos Inácio, que descende de três ramos de escravos, de vários ramos de judeus, de filhos de pais incógnitos e tem “a mesma consideração por todos”.

O investigador acentua que “a ciência tem-nos mostrado, através do ADN, que nós transportamos os genes dos nossos antepassados de há milhares de anos”. Nesse sentido, diz que hoje “somos mais do que nós próprios, somos a continuação de quem nos foi gerando, geração a geração, como os nossos descendentes serão a nossa continuação”.

“A genealogia atribui um nome, conta uma história, enriquece o conhecimento sobre cada um dos nossos genes. Só sabendo de onde vimos é possível perceber para onde vamos”, sublinha, acrescentando que a genealogia pode ainda ajudar “a perceber qual a origem de determinadas doenças genéticas, já que permite conhecer parentes próximos que poderão ser dadores, por exemplo, de medula”.

Para além do natural interesse dos algarvios, Nuno Campos Inácio adianta que também se assiste a uma procura das suas origens por parte de descendentes portugueses espalhados pelo mundo, que pretendem “adquirir a nacionalidade portuguesa”.

Linhagens algarvias mais antigas remontam a D. Afonso III

O investigador algarvio, cujo último trabalho realizado foi o levantamento histórico e genealógico de freguesia de Alferce (Monchique), que será apresentado no próximo dia 19 de julho, conta ao JA que as linhagens algarvias mais antigas com ligações até à atualidade são as que resultam da descendência do relacionamento de D. Afonso III com Madragana ben Aloandro, filha de Aloandro ben Bekar, Alcaide de Faro no período da conquista definitiva do Algarve. “Desse casal descendem vários algarvios e portugueses ilustres, como as família Távora, Sárrea Garfias, Pereira Coutinho, Sanches Baena, a título de exemplo”, revela.

 

Nuno Couto/JA

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17 COMENTÁRIOS

  1. Apenas os registos constantes das Igrejas Matriz, que começaram a ser escritos a partir de meados do século XVIII são absolutamente fiáveis. Antes desse período, penso serem as fontes de algum modo, pouco fiáveis e mais por aproximação. Mas contudo, respeito a metodologia de sapa utilizada pelo investigador, assaz complexa e demorada, no intuito de estabelecer pontes na genealogia, que de algum modo possa ser considerada cientificamente fiável.
    Pelo Algarve, e antes, muito antes dos árabes e berberes, por aqui passaram outros povos e civilizações, das quais alguns de nós precedem.
    Mas presumir, não é acertar.

    • Caro José Rico, permita-me que lhe refira algumas freguesias do Algarve com registos paroquiais desde o Século XVI:
      Paderne – 1592
      Martim Longo – 1586
      Vaqueiros – 1584
      Castro Marim – 1595
      Conceição de Faro – 1598
      Estói – 1588
      São Pedro de Faro – 1597
      Lagoa – 1591
      Bensafrim – 1587
      Santa Maria de Lagos – 1590
      Odiáxere – 1566
      Alte – 1570
      Boliqueime – 1586
      São Clemente de Loulé – 1540
      Moncarapacho . 1543
      Portimão – 1575
      Algoz – 1587
      São Bartolomeu de Messines – 1595
      Luz de Tavira – 1591
      Santa Maria de Tavira – 1562
      Santiago de Tavira – 1589
      Budens – 1600
      Vila Nova de Cacela – 1570
      A esmagadora maioria das freguesias em falta têm registos desde o primeiro quartel do Século XVII.

    • Caro José Rico

      A fiabilidade da sua pesquisa
      depende somente de si. Se ela for feita de forma honesta verificará que é
      cientificamente válida e, acima de tudo, correta.

      Trabalhosa? Claro que sim até
      pelo motivo que indica e que tem a ver com a convicção que hoje se tem de que
      os registos antes de 1910 (grosso modo dizendo), por não obrigarem a colocar apelido
      de mãe e de pai nas crianças, são falíveis ou inexatos.

      Pelo contrário, no Algarve, ao avançar
      na sua pesquisa verificará de que nada valem os apelidos que hoje detém em
      favor de outros que, na verdade, são os autênticos e que não lhe foram
      transmitidos por ignorância dos párocos ou dos intervenientes nos atos
      registados.

      Quanto aos árabes ou berberes que
      por cá passaram e que, teimosamente, gostamos de apregoar como ascendentes, preterindo
      séculos anteriores de ocupações romanas, gregas, fenícias etc., só servem ou
      serviram para um certo denegrir das genealogias “além Tejo”. Quem vem na
      reconquista ocupar as terras “conquistadas” não são os filhos dos varões
      ilustres de “riba Tejo”? Não descendem os Algarvios destes também? No caso dos
      Judeus, também temos a nossa cota parte de ascendentes mas nem mais nem menos
      dos que vivem no restante território nacional. Para tal constatar bastar ver o
      que temos relativamente aos processos de Algarvios nos Centros Inquisitoriais
      de Évora, Lisboa ou Coimbra, para não referir outros. Não são mais nem menos os
      do Algarve, são tantos como os outros, infelizmente (para os que sofreram esses
      tratos).

      Eivados também temos sido de
      acolhermos nas nossas ascendências “paletes” de escravos. Eu que tenho a minha
      ascendência bem estudada e estruturada, com “resmas” de informação, verifico
      orgulhosamente que descendo de uma escrava Catarina Josefa, somente. Confesso
      também que embora registe dezenas de padres, frades e até cónegos na família,
      descendo somente de um, de sua graça Lopo Fernandes da Ponte, Beneficiado na
      Igreja de São Clemente da notável Vila de Loulé, homem que teve problemas com a
      dita inquisição por “má conduta” mas que, por causa dela e com a graça de Deus,
      gerou em solteiro em Leonor Machado, uma única filha de seu nome Maria
      Fernandes da Ponte, nascida nos idos de 1570, e da qual descendo eu e descendem,
      possivelmente, uma enorme percentagem dos atuais habitantes de todo o Algarve.
      Nisto somos diferentes das genealogias mais a norte em que de facto, filhos de
      padres, e de mães não sabidas ou sabidas de mais, são aos magotes.

      Enfim, os Algarvios possuem
      ascendências iguais à restante população de Portugal e descendem, como os
      restantes portugueses, de gente de todas as condições.

      • Não vi na sua resposta nada que colida com as minhas afirmações ao Jornal do Algarve.
        Este trabalho dura há 10 anos consecutivos, conta com mais de 196.000 indivíduos genealogicamente relacionados com o Algarve e mais de 2.000.000 de dados informativos. Mal andaria se ainda estivesse à procura de apelidos…

  2. Boa Tarde gostava de saber toda a minha origem pois eu acredito ter raízes arabes, mas gostava de aprofundar mais essa minha curiosidade. Onde posso encontar?

  3. Boa tarde, Sobre a zona de Odeceixe, como não vem mencionado na lista, é possível e fiável aceder aos registos? Dizem que um barco de irlandeses afundou ao largo da costa de Aljezur, e por isso há muitas pessoas com olhos claros e cabelo. Obrigada

    • Os registos paroquiais de Odeceixe começam em 1683. Há referências a pessoas de Odeceixe mais antigas, que foram para outras freguesias com registos mais antigos, ou que surgem noutro tipo de documentos mais antigos.

  4. Por curiosidade sobre a origem do nome da família fiz uma pesquisa geneológica do meu avô materno nascido em Loulé. Conseguei chegar a 1735 e demorei meses nessa pesquisa, dificultada pela leitura dos registos paroquiais. Tive mesmo que consultar os arquivos da Torre do Tombo: Não sei como consegue afirmar ser facil traçar a geneologia de uma pessoa pois o nome que os ascendentes assumiram muitas pouco têm com o nome actual dos seus descendentes: A afirmação do jornal de que somos descentes de judeus, árabes? (será que quis dizer berbéres?) e escravos também me parece bastante reducionista. Não li em nenhum registo paroquial alguma referência a estas ascendências: Há de fato muitos filhos naturais nos registos. Na minha singela pesquisa não encontrei estas ascendências. eram todos católicos.

    • Como é dito na entrevista o que faço é pegar no primeiro documento e fazer o levantamento da informação até ao último. Apesar da dimensão do trabalho garanto-lhe que é mais fácil que ir à pesca dos ascendentes de determinada família.

        • Essa informação está na própria notícia:

          Para encontrar esta informação, o investigador consulta vários documentos, todos eles com mais de um século, como “chancelarias régias, processos de habilitação, processos de inquisição, livros de matrículas e, principalmente, registos paroquiais”.

  5. Há 5 anos apareceu um americano antigo reitor da Universidade de Boston na minha terra natal Fuzeta com o passaporte do avô que tinha emigrado para os USA em 1909 era marítimo nascido na Fuzeta e chamava-se Manuel Pedro da Rocha e como o meu avô materno se chamava Domingos José da Rocha maríitimo nascido na Fuzeta e tinha ido para a América em 1909 pensei que fossem irmãos, mas eram primos e comecei as investigações para fazer a árvore genealógica e neste momento tenho a árvore genealógica de todo a família “da Rocha” até 1600, mas como a investigação genealógica é viciante eu hoje tenho todas as famílias marítimas e várias famílias “terrestres” (como nós gente do mar as chamava) que apareceram na Fuzeta depois de 1815 ano em que a rainha D. Maria autorizou a contrução de casas em pedra na Fuzeta, Olhão e Santa Luzia por exemplo. E neste momento estou a fazer as ligações com as gerações mais recentes, tendo neste momento 11.000 almas registadas no meu programa. Na minha família “da Rocha” até 1600 não encontrei pais incógnitos nem escravos, nós fomos sempre marítimos e cheguei à conclusão que a Fuzeta terá sido fundada por um pequeno núcleo de famílias interligadas por casamentos, como os Estrelas, os Mendes, os Rochas, os Martins, os Rolões os Zargo (é curioso que os historiadores não sabem a origem de João Gonçalves Zargo descobridor da Madeira, porque a origem do dito é simples era um marítimo descendente de pescadores mouros de Tavira e Herói nacional não pode ser gente simples tem que pertencer à fidalguia). E não havia pais incógnitos por uma simples razão porque os pescadores da Fuzeta eram uma sociedade muito fechada, porque eram descendentes dos pescadores mouros de Tavira e que se refugiaram junto à entrada da barra da Fuzeta por baixo do forte militar que ali havia e que protegia a entrada da dita barra com uma bateia de canhôes durante a inquisição. Essa informação foi passando oralmente ao longo de várias gerações tendo chegado a mim através do meu avô Domingos da Rocha. Para além disso haviam outros costumes que tinham ficado a ceia de porta no verão, sentávamos no chão em cima de uma esteira á volta de um prato grande e comíamos todos de lá, a minha avó nos anos 50 não saía de casa sem o lenço lhe cobrir a cara té ao nariz e outras coisas, mas se dúvidas houvesse sobre descendermos dos pescadores mouros de Tavira, encontrei no ano de 1832 dois requerimentos ao Sr. Bispo do Algarve para que fosse passado um certificado que comprovasse que os requerentes tinham sido baptizados, porque precisavam ás vezes de sair do povoado e tinham medo de ser presos ou maltratados o que significa que eram cristãos novos e se eram cristão novos só podiam ser judeus ou mouros, judeus não eram porque normalmente eram ricos comerciantes e os mouros eram agricultores, pastores, artesãos e pescadores. Os requerimentos estavam em nome de um Manuel da Rocha e de um José Lucas e de uma Antónia Rolão todos solteiros do povo da Praia da Fuzeta Aproveito para agradecer ao Zé Cabecinha pela ajuda que me deu,

    • Caro José da Rocha Alexandre,

      Não acho que seja dono da verdade e aceito todas as conclusões diferentes das minhas, desde que devidamente comprovadas. No entanto, o que eu digo, não é contrário ao que o Sr. diz, vemos é a questão por prismas diferentes. O que eu digo é que qualquer pessoa nascida no Século XX na sua árvore genealógica até ao Século XVI, encontrará, certamente, “todo o tipo de gente”, nomeadamente, filhos de pais incógnitos, judeus, gente nobre e do povo. Não o encontra em todos os ramos? É natural e óbvio que não, até porque nem sempre há registos suficientes que permitam recuar ao Século XVI.
      Agora, se limitarmos a investigação a um determinado tempo e a um determinado espaço é natural que as conclusões sejam diferentes.
      Não encontrará, certamente, Cristãos Novos em Vila Real de Santo António. O que não quer dizer que um indivíduo natural de Vila Real de Santo António não seja descendente de Cristãos Novos.

    • Eu meu nome também é “da Rocha”, vivo no Algarve, mas meu pai e avô,também com o mesmo nome são nascidos e criados na freguesía de Lordelo do ouro, junto à foz do rio Douro, no Porto. Será que temos algum parentesco ? Eu sinto muita curiosidade àcerca da minha geneologia, e tenho pena de não ter capacidade nem conhecimento para estas coisas.Desculpe-me esta intromissão, eu sou um mero curioso, e quro que entenda o que disse só como nota, e não mais do que isso, não necessita de responder. Obrigado !

  6. Boa noite , tendo lido o livro “Algarve Manifesto” de Jacinto Palma Dias,que conta muito do Algarve e em que minha avó contava que tinha um nome muito comprido mas por morte dos pais , suponho eu, o mandou cortar e ficou só com o apelido de NOBRE que tem prosseguido em toda a família , a minha avó nasceu em 1885 se não estou em erro. O meu bisavô , do que sei , tinha o nome de Custódio Domingos ( ou Domingues ) Palermo e a minha bisavó com o nome de Gertrudes Magna e que tinha sido dama de companhia da Rainha ( havia fotos da minha bisavó sentada ao lado da Rainha num grande grupo) ,Com a idade que tenho e vivendo só não me atrevo a ir à Torre do Tombo fazer pesquisa , mas realmente gostava muito de saber de onde provém o meu sobrenome Nobre , obrigada

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