Aljezur: “O Princípio da Paisagem” é a nova exposição do Espaço+

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Nesta exposição são apresentadas 11 pinturas.

“Do primeiro ao último dos quadros, uma linha divisória nítida, separando dois mundos, duas cores que nos anteriores se tinham fundido quase por completo. Na fusão tinha havido um movimento suave, deslizante, que agora estava quebrado. Na fusão havia uma esperança de paz, que a pandemia atual quebrara, e um criador vive o seu tempo, no seu tempo, e não pode esconder essa realidade que integrou o seu ser, como diria Pessoa, pois a interrogação e a realidade do ser é o que faz de nós o que somos.”, pode ler-se na apresentação da exposição.

“O que é afinal, em Pedro Chorão o Princípio da Paisagem? O rasgo do primeiro movimento da mão ao escolher a cor, ao agarrar o pincel? Ou aquela paragem diante de uma tela em branco, apelando a que interrompam tanta pureza que tudo absorve, pois, o branco é assim, e nada revela, quando criar é precisamente o contrário, é revelar? Só ele, o criador saberia dizer. Pensou primeiro, hesitou, decidiu? Ou foi levado por decisão que se lhe impôs quase sem ele dar por isso?”.

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Segundo o artista, “o segredo do princípio da paisagem está contido na paisagem e nunca poderá ser completamente explicado”.

Esta exposição poderá ser visitada até ao dia 26 de março, de terça-feira a sábado, das 09:00 às 16:00.

Sobre o artista:

Pedro Chorão nasceu em Coimbra em 1945. Estudou biologia na North East Liverpool Technical College entre 1963 e 1967. Começou a interessar-se pela pintura quando tinha já mais de 20 anos de idade. Fixou-se em Paris em 1967, onde frequentou o curso de História de Arte e Arqueologia na École du Louvre a na École Pratique de Hautes Études (Sorbonne). A sua paixão pela pintura intensificou-se após o regresso a Lisboa, procurando colher lições de pintores amigos do pai, nomeadamente Luís Dourdil e António Dacosta. Expôs individualmente pela primeira vez em 1975. Licenciou-se na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1976. Partiu para Paris nesse mesmo ano, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo regressado a Portugal em 1977. Dois anos mais tarde iniciou a sua carreira como professor no Ensino Secundário. O seu percurso artístico desenvolver-se-ia com grande regularidade ao longo dos anos, com a participação em inúmeras exposições coletivas e uma longa lista de exposições individuais em galerias e espaços institucionais.

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