O prolongamento por mais um ano da licença para a pesquisa de petróleo ao largo da Costa Vicentina vai fazer perdurar no tempo “um lamentável processo iniciado nas costas dos algarvios”, lamentam os autarcas e empresários algarvios. Ambos consideram a decisão do Governo “incompreensível e incoerente” e prometem “prosseguir todas as formas legais para contrariar este processo desprovido de sentido de futuro”
As câmaras municipais do Algarve e as associações empresariais da região reafirmaram esta semana a sua oposição ao prolongamento da licença para a pesquisa de petróleo em alto mar, a cerca de 46,5 quilómetros ao largo de Aljezur.
A autorização foi dada pelo Governo, no passado dia 20 de janeiro de 2018, abrindo assim caminho para o consórcio petrolífero Eni/Galp realizar o primeiro furo exploratório ao largo da Costa Vicentina.
“É uma decisão incompreensível à luz do potencial e do modelo de desenvolvimento que queremos para a região do Algarve, como região limpa e com uso das energias renováveis”, refere o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), Jorge Botelho, em nome dos 16 presidentes de câmara da região.
Já as associações empresariais do Algarve – ACRAL, AHETA, AIHSA, CEAL e NERA –, manifestam apoio à tomada de posição da AMAL, considerando também “incompreensível e incoerente” a decisão de prolongar a licença do consórcio petrolífero. “Trata-se de uma manobra dilatória inaceitável”, criticam os empresários, justificando a sua total oposição à prospeção e exploração de hidrocarbonetos no Algarve, em terra e no litoral, “por razões ambientais e por razões económicas, sobretudo pelo que o turismo representa na economia da região e do país”…
(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 15 DE FEVEREIRO)
Nuno Couto|Jornal do Algarve