A Amnistia Internacional acusou esta terça-feira o regime de Muamar Kadhafi de crimes contra a humanidade na Líbia, acusando também os rebeldes pró-CNT de terem cometido abusos que, em alguns casos, constituem crimes de guerra.
Num relatório de 122 páginas, a Amnistia expõe uma série de exemplos de violações cometidas pelo regime do coronel Kadhafi, enquanto afirma que o Conselho Nacional de Transição (CNT) não parece disposto a responsabilizar os rebeldes por violações aos direitos humanos.
Entre os muitos exemplos de violação aos direitos humanos, a Amnistia cita particularmente um caso, ocorrido no início da revolta: um grupo de soldados de Kadhafi, capturados pelos rebeldes que foram “espancados até a morte, dos quais pelo menos três foram enforcados e outros mortos após terem sido capturados ou terem se rendido”.
A Amnistia reconhece, no entanto, que os crimes de guerra cometidos pela oposição são de “menor escala” frente aos do regime de Kadhafi.
O relatório da Amnistia, intitulado “A Batalha pela Líbia: Assassinatos, Desaparecimentos e Tortura” é o documento mais recente com uma relação detalhada das violações na Líbia.