Antigos combatentes algarvios homenageados pelo PR no dia 10 de junho

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Na cerimónia do 10 de Junho – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que este ano decorrem no Terreiro do Paço, em Lisboa, vão ser homenageados pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dois combatentes da Guerra do Ultramar naturais dos concelhos de Faro e de Olhão, ambos residentes em Olhão e membros do Núcleo de Olhão da Liga dos Combatentes.

António Nunes e José António Santana serão agraciados com a Medalha da Cruz de Guerra, 3.ª e 4.ª Classes, por atos de bravura praticados em combate em Angola e Moçambique.

António Vitório Barriga Alves Nunes fez parte da 3ª Companhia do Batalhão de Caçadores 4613/R.I. 16, como 1º Cabo Auxiliar Enfermeiro, tendo prestado serviço em Angola entre 1972 e 1974. Prestou serviço profissional na GNR durante 26 anos e reformou-se com o posto de Cabo.

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Na sua nota de louvor pode ler-se: “Louvo o 1º Cabo Auxiliar Enfermeiro (…) pelo entusiasmo, dedicação e espírito de sacrifício de que tem dado provas na atividade operacional em que tem participado numa das zonas mais difíceis do Norte de Angola. (…) Igualmente de salientar a abnegação de que deu provas quando uma coluna foi fortemente emboscada, não se poupando a esforços na prestação dos primeiros socorros aos feridos e continuando a assisti-los com o maior zelo e dedicação até à sua evacuação no dia seguinte”.

José António Baptista Santana é natural e residente da Fuseta. Este soldado operador de motores fluviais foi mobilizado para Moçambique em 1972, tendo sido enviado para o norte do país, a fim de integrar a 1ª Companhia de Engenharia. Esteve cerca de 17 meses em zonas de grande atividade de guerrilha.

Em cenário de guerra, exposto a vários perigos, salientou-se com um ato de bravura, como se pode ler no respetivo louvor: “(…) demonstrou possuir qualidades de coragem, sangue-frio, agressividade e serena energia debaixo de fogo e desprezo pela vida, quando integrado numa coluna no norte de Moçambique, a viatura em que seguia caiu isolada numa emboscada. Todos os seus camaradas ficaram fora de combate logo às primeiras rajadas, pelo que, sozinho, reagiu automaticamente ao fogo inimigo, conseguindo pela sua eficácia, valentia, bravura e arrojo (…) salvar a vida dos seus camaradas e impedir o adversário de se apoderar do armamento e conteúdo da viatura”.

Estes ex-militares agora distinguidos serão acompanhados na cerimónia do 10 de Junho por dirigentes do Núcleo de Olhão da Liga dos Combatentes.

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