António Branco defende que as instituições devem estar ao lado dos refugiados

ouvir notícia

.

O reitor da Universidade do Algarve, António Branco, defende que as instituições públicas devem “colocar-se, sem hesitações” ao lado dos refugiados e que esta solidariedade “não deve ser confundida com a necessidade de darmos uma resposta cada vez mais firme aos desequilíbrios sociais já existentes entre a população portuguesa”.

A Universidade do Algarve é uma das duas entidades algarvias, junto com a associação Raiz, parceiras da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR). Esta parceria surge no seguimento da colaboração que a instituição tem vindo a manter com a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, iniciativa promovida, em Portugal, pelo ex-presidente da República Jorge Sampaio.

No âmbito da sua missão educativa e de extensão, incluindo a vertente de voluntariado, a Universidade do Algarve disponibiliza-se, desta forma, a contribuir para a receção dos refugiados que venham a ser acolhidos no Algarve. Este contributo poderá ser efetuado através da oferta de cursos de Língua e Cultura Portuguesa e de outras iniciativas semelhantes.

- Publicidade -

Perante uma crise civilizacional e humanitária de dimensões tão graves, o reitor considera que “cumpre às instituições públicas colocarem-se, sem hesitações, ao lado de quem se viu espoliado da sua casa, dos seus bens e talvez até da sua família, em suma, das condições mínimas de dignidade social e humana, sendo, por causa da guerra e da destruição e das mortes que ela provoca, obrigado a deslocar-se para conseguir (sobre)viver”.

António Branco defende ainda que “tal manifestação de solidariedade, decorrente de uma conjuntura excecional, em nada deve ser confundida com a necessidade de, enquanto sociedade, darmos uma resposta cada vez mais firme à pobreza e a outros desequilíbrios sociais já existentes entre a população portuguesa, nem a substitui na nossa demanda diária por uma sociedade mais justa.”

Por seu turno, Rui Marques, coordenador da PAR, considera que o apoio universitário “é fundamental” para aquela plataforma.

“É importante sentirmos que temos uma rede educativa forte envolvida no combate a esta crise humanitária. É fundamental contribuirmos para a educação/formação dos refugiados que chegarem a Portugal, nomeadamente através do ensino da língua portuguesa para, desta forma, podermos proceder a uma melhor integração na nossa sociedade”, conclui.

.

.

.

.

- Publicidade -

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.