António Eusébio exige infraestruturas que respeitem potencial económico do Algarve

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O presidente do PS-Algarve, António Eusébio, considera fundamental a execução imediata dos projetos referenciados pelo Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Elevado Valor Acrescentado (GT/IEVA) e exige a conclusão da rede rodoviária nacional na região.

No relatório recentemente apresentado pelo GT/IEVA no Algarve, com a presença do secretário de Estado da tutela, apenas estão incluídos a melhoria do acesso marítimo e instalações nos portos de Portimão e Faro (com um investimento previsto de 10 milhões de euros) e a modernização e eletrificação da linha ferroviária do Algarve (55 milhões)

“É lamentável que apenas tenham colocado estes investimentos no segundo nível de prioridades e tenham deixado de fora o fecho da rede rodoviária de ligação ao Alentejo (IC4 e IC27, respetivamente) e os troços inicialmente previstos na requalificação da EN125, retirados aquando da renegociação do contrato em outubro de 2012”, considera António Eusébio.

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Depois de reuniões mantidas ao longo dos últimos meses com as forças vivas da região, autarcas e empresários, o presidente do PS-Algarve diz que tem sentido uma grande unanimidade em torno da necessidade de relançar a economia regional e criar mais emprego através da requalificação da oferta turística e da diversificação das atividades empresariais.

Para o líder dos socialistas, “é fundamental uma aposta sustentável nos projetos de valorização do Porto de Cruzeiros de Portimão, conforme compromisso assumido pelo Secretário-Geral do Partido Socialista em 26 de janeiro de 2013, e no Porto Comercial de Faro”, os quais “devem ser complementados com investimentos já projetados e com financiamento assegurado que potenciem a economia do mar, nomeadamente nos portos de pesca e marinas de recreio”.

Por outro lado, face ao que considera “estado calamitoso” da rede rodoviária regional e a premência de melhorar a oferta de transporte público coletivo interurbano, António Eusébio considera que se impõe “a modernização e eletrificação dos troços da linha ferroviária do Algarve entre os troços Lagos – Tunes e Faro – Vila Real de Santo António, bem como a concretização do ramal de ligação ao Aeroporto Internacional de Faro e ao campus de Gambelas da Universidade do Algarve, projetado pelos governos socialistas e nunca executado”.

Ainda neste domínio, o presidente do PS-Algarve considera estratégica a conclusão dos estudos e projetos da ligação ferroviária a Espanha, “garantindo a ligação direta de Lisboa a Sevilha através de Faro e Huelva, consolidando um serviço eficaz, reforçando a segurança, permitindo melhores condições para passageiros e mercadorias e potenciando um uso mais eficiente dos centros logísticos existentes e previstos”, concretizando-se desta forma dois corredores estratégicos – o corredor sul e o corredor horizontal do Algarve – Andaluzia.

No capítulo rodoviário, “afastado incompreensivelmente das prioridades indicadas”, o presidente do PS-Algarve exige a conclusão “sem mais demoras” das obras de requalificação da EN 125, nos termos do contrato vigente com a concessionária, e a construção das variantes previstas em Odiáxere (Lagos), Olhão e Luz de Tavira, para além da construção da alternativa à EN2, entre Faro e São Brás de Alportel, “incluídas no contrato original por imperiosas razões de segurança rodoviária, fluidez da circulação e de acalmia de tráfego nas populações atravessadas”.

Complementarmente, e ainda segundo António Eusébio, o Governo deve reconsiderar a anulação das obras de conclusão do fecho da rede rodoviária de ligação ao Alentejo (IC4 e IC27, respetivamente). De acordo com o líder dos socialistas algarvios, esta decisão “quebrou as expetativas anteriormente criadas pelo Estado às autarquias e aos empresários” e “prejudicou claramente duas zonas de baixa densidade populacional e de elevado potencial turístico na Costa Vicentina e no Baixo Guadiana”.

A conclusão do IC 27, entre Santa Marta (Alcoutim) e Albernoa (Beja), com passagem pelo concelho de Mértola, e do IC4, entre Bensafrim (Lagos) e Santiago do Cacém, servindo ainda os concelhos de Aljezur e Odemira, aliadas às obras de requalificação do IC 8 (Sines – Beja – Vila Verde de Ficalho) permitirá estruturar toda a rede rodoviária do sul de Portugal e rentabilizar racionalmente todos os investimentos já efetuados em estudos e projetos.

“Estamos conscientes da obrigatoriedade de rigor financeiro e de uso inteligente dos recursos disponíveis, nomeadamente dos fundos comunitários previstos no Quadro Comunitário de Apoio 2014 – 2020”, sublinha o presidente do PS-Algarve.

António Eusébio sublinha inda que “não podemos deixar de lamentar o atraso na elaboração de documentos fundamentais para o seu cabal aproveitamento e a falta de debate atempado sobre o futuro da região, quer com os parceiros sociais, quer com as autarquias algarvias”.

“Como se não bastasse a redução significativa dos montantes disponibilizados para o Algarve”, acrescenta, “não podemos aceitar de braços caídos que projetos estruturantes para a região seja secundarizados ou colocados na gaveta”.

Escutada a Comissão Política Regional, reunida em Portimão na última sexta-feira, António Eusébio garante que desenvolverá “todas as iniciativas necessárias para garantir a preservação dos interesses regionais e a inclusão deste conjunto de investimentos, que asseguram o desenvolvimento sustentável da região, reforçam a competitividade dos territórios e garantem a competitividade das empresas algarvias”.

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