António Pina: “Estamos com os refugiados, mas em primeiro lugar estamos com os olhanenses”

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O presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Miguel Pina, considerou esta terça-feira que a questão dos refugiados é “um gravíssimo problema mundial”, mas sublinhou que “é imperioso afirmar que em primeiro lugar estão, e sempre estarão, os olhanenses”.

No final da passada semana, o executivo liderado por António Miguel Pina foi confrontado com uma iniciativa por parte da Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa Fuzeta/Moncarapacho que se autopropôs, com o apoio do presidente da Junta de Freguesia, utilizar um terreno destinado à construção de uma creche para acolher alguns dos refugiados que o País – através dos acordos que este Governo estabeleceu – irá receber.

“Sempre fomos um povo solidário, hospitaleiro e com uma grande capacidade de ajuda ao próximo. Nesta triste e humilhante situação dos refugiados, também nós não quisemos deixar de apoiar, porém, entendemos que a localização pretendida não era, de todo, a mais adequada”, recordou autarca, explicando que o terreno “está numa zona de excelência cujo enquadramento se pretende virado para o turismo”.

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O autarca já esteve reunido com presidente da Comissão Portuguesa para os Refugiados, com o presidente da União de Freguesias Fuzeta/Moncarapacho e com o presidente da Delegação da Cruz Vermelha da
Fuzeta/Moncarapacho, informando-os que o Município de Olhão “está solidário com este flagelo” e “disponível para encontrar soluções, não abdicando de exigir um acompanhamento definitivo à sua completa integração”.

Para António Miguel Pina, este processo tem que ter, “obrigatoriamente”, um plano a médio prazo, elaborado de forma a dar uma ajuda real de alojamento, de acompanhamento e integração, bem como limite temporal. “Só assim nos parece justa e lógica a nossa intervenção. Esta é uma das nossas reais e principais preocupações”, referiu.

O autarca esclareceu ainda que a comissária Teresa Titto Morais “informou o executivo de que, até à data, não há, por parte deste Governo, uma definição sobre o financiamento, condições de enquadramento legal ou formas efetivas de apoio estatal para podermos dar as condições mínimas a estas pessoas”.

“Também por parte da Cruz Vermelha, se o apoio não for suficiente, não haverá interesse em encabeçar este processo, informou-nos o seu presidente”, frisou António Pina.

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