APFN considera que tarifários familiares da água “não favorecem famílias numerosas”

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A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas considera que a criação de tarifários familiares da água, medida lançada por várias autarquias, “não é um favorecimento das famílias numerosas, mas antes e apenas a sua despenalização, permitindo a estas uma aproximação justa ao preço do tarifário dos agregados de menor dimensão”.

O esclarecimento da APFN surgiu depois da Câmara de Castro Marim ter anunciado a implementação dos referidos tarifários especiais naquele concelho, indicando que estes “beneficiavam” as famílias numerosas, notícia publicada ontem na edição on-line do Jornal do Algarve.

“O que acontecia até ao momento era que a água era mais cara para as famílias numerosas”, mas “a verdadeira justiça passa por dar um tratamento diferente ao que é uma realidade diferente com o objetivo de no fim todos terem uma situação idêntica face à lei”, defende a APFN.

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Aquela associação recorda ainda que, em todo o país, os tarifários da água estão construídos “de forma a, efetuada uma análise dos consumos de uma habitação, penalizar os consumos excessivos através de um aumento progressivo por escalões de acordo com o aumento do consumo global da habitação”.

A APFN conclui assim que “temos, portanto, tarifários em que quanto maior é o consumo global de água numa casa, maior é o custo por m3”.

“Ao não se entrar em linha de conta com a dimensão da família que ocupa uma habitação, sendo apenas avaliado o consumo total, e não sendo avaliado o consumo per capita, as famílias mais numerosas são largamente penalizadas, pagando por vezes o dobro ou o triplo do preço unitário da água”, lamenta a APFN.

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