ARS determina “extinção imediata” da combustão na lixeira de Vale da Venda

A medida cautelar surge “na sequência da confirmação dos resultados analíticos, dos parâmetros Partículas em Suspensão (PM10) e Benzeno, superiores aos valores indicativos utilizados por analogia como referência

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A Autoridade de Saúde Pública do Algarve determinou esta segunda-feira “a extinção imediata” dos focos de material em combustão na central de resíduos da empresa Inertegarve, em Vale da Venda (Loulé), cuja lixeira foi afetada por um incêndio em julho.

A determinação da delegada regional de saúde foi expressa numa nota publicada na página da Internet da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, na sequência do relatório de monitorização da qualidade do ar encomendado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.

A medida cautelar surge “na sequência da confirmação dos resultados analíticos, dos parâmetros Partículas em Suspensão (PM10) e Benzeno, superiores aos valores indicativos utilizados por analogia como referência […]”, sustenta Ana Cristina Guerreiro.

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O incêndio na lixeira da empresa Inertegarve, localizada no Vale da Venda, no concelho de Loulé resultou do fogo que deflagrou no dia 14 de julho em Gambelas, no concelho de Faro, e que se alastrou ao município vizinho.

Desde então, os resíduos acumulados de construção e demolição têm-se mantido em combustão, o que motivou, quatro dias depois, a suspensão parcial da licença de atividade da empresa por parte da CCDR/Algarve.

A combustão dos resíduos e “a emissão de poluentes atmosféricos potencialmente prejudiciais para a saúde e para o ambiente” motivou várias queixas dos residentes nas imediações e uma avaliação por parte das autoridades regionais.

“[…] A visita conjunta por iniciativa da Autoridade de Saúde e da GNR, territorialmente competentes, acompanhada por outras entidades, resultou no reconhecimento da suspeita de risco para a saúde pública e na necessidade urgente [de a empresa] cessar por completo os focos da combustão”, lê-se na nota.

A avaliação “sobre a eventual presença de níveis críticos de poluição face a um acidente ambiental” feita durante nove dias pela empresa Monitar – Engenharia do Ambiente, através de uma estação móvel, detetou “a concentração de valores acima dos níveis de referência indicativos para os parâmetros Partículas PM10 e de Benzeno”, sublinha a nota da Autoridade de Saúde Regional do Algarve.

Entretanto, fonte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve disse que está a aguardar a posição das várias entidades às quais foi enviado o relatório de monitorização da qualidade do ar, “para que seja tomada uma posição conjunta para extinguir os focos de incêndio na lixeira”.

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