Associação de lesados contra posição da EDP sobre fogo 2018

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Associação Monchique-Alerta, Serra livre de Incêndios insurgiu-se contra a tomada de posição da EDP sobre o fogo de 2018 e expressou a sua “total confiança nos investigadores policiais e do Ministério Público de Portimão”, que recentemente constituiu arguida a elétrica portuguesa.

“Temos a certeza que estas entidades não cedam às tentativas da EDP de negar a sua responsabilidade”, enfatizou a associação, garantindo que tanto o incêndio florestal em Pedrógão Grande (2017), como os incêndios florestais em Monchique, um ano depois, foram causados pelo vento e pelo contacto de árvores com linhas de eletricidade.

A associação Monchique-Alerta, Serra livre de Incêndios, que representa mais de uma centena de cidadãos de Monchique, portugueses e estrangeiros, lesados pelo incêndio florestal de 2018, sustenta que a Polícia Judiciária e a Justiça, representada pelo Ministério Público, estão “a trabalhar de forma independente e consciente, interrogando os arguidos da EDP e os moradores da Perna da Negra como testemunhas”.

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“Chegará o momento da EDP reconhecer a sua responsabilidade e de se aproximar das vítimas com vista a aceitar eventuais pedidos de indemnização, para que Monchique possa finalmente receber Justiça, e para que os seus habitantes possam ser pagos pelos danos materiais e prejuízos económicos, para que se possam replantar florestas com espécies arbóreas nativas”, afirmam os associados, assegurando que “continua a lutar por um Monchique e por um Portugal sem fogos”.

“O incêndio no concelho de Monchique (2018) deflagrou na sexta-feira, 3 de agosto, às 13h32 em Perna da Negra, 12 km a Norte de Monchique. Durante sete dias as autoridades lutaram contra o mesmo. Foi o maior do ano em toda a Europa! Este é o resultado de um ano e meio de investigações forenses e dos interrogatórios levados a cabo pela Polícia Judiciária de Portimão a todos os diretamente envolvidos no local. O relatório do observatório técnico independente para a Assembleia da República também chega a esta conclusão”.

O incêndio florestal destruiu 27 000 hectares de terrenos florestais e agrícolas e mais de metade da fauna e flora do concelho de Monchique, incluindo 74 casas.

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