Associação transfronteiriça diz que declarações de Miguel Freitas são “absurdas”

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A Associação Transfronteiriça Alcoutim-Sanlúcar (ATAS) considerou como sendo “absurdas” as declarações de Miguel Freitas, responsável pelo PS/Algarve, segundo as quais a ponte de Alcoutim-Sanlúcar não se justificaria “porque hoje a maior parte da população de Alcoutim já habita na aldeia ao lado…e no dia em que tivermos ponte…não sei se não passam todos”.

De acordo com a ATAS, “não há qualquer transferência de população da vila e do concelho de Alcoutim para a vila e município de Sanlúcar, nem há tão pouco o mínimo indício de que tal situação possa acontecer”, por isso considera que “não se percebe como haja alguém que possa prestar tão absurda informação”.

Em comunicado enviado às redações, os responsáveis daquela associação recordam que “em tempos muito recuados” e “em circunstâncias histórias bem determinadas” houve transferência de populações da margem esquerda para a margem direita do Guadiana.

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“As comunidades de origem portuguesa que assim se fixaram na parte ocidental do distrito de Huelva, embora tendo adoptado a língua e a nacionalidade espanholas mantém laços afectivos, culturais e vínculos económicos com Portugal. O desenvolvimento destes laços é uma razão muito forte a favor da construção da ponte”, defende a ATAS.

No mesmo sentido, a associação transfronteiriça lamenta que “o anterior entusiasmo do engenheiro Miguel Freitas, a favor da construção da ponte, tenha sido substituído pela sua presente atitude negativa, ainda mais com base em argumentos que nada têm a ver com a realidade”.

A ATAS garante que a construção da ponte Alcoutim-Sanlúcar continua a ser uma aspiração “legitima” e “profundamente sentida” pelas populações de Alcoutim e de Sanlúcar. E consideram que a construção daquela infraestrutura representaria “uma efectiva resposta à situação de abandono e profunda desertificação a que os dois municípios estão votados pelas autoridades dos dois países”.

A Associação ATAS diz ainda que é favorável à rápida conclusão do IC27, mas que “isso não obsta de maneira nenhuma que mantenha a luta pela construção da ponte como uma reclamação prioritária, não só do concelho de Alcoutim, mas de todo o Nordeste Algarvio”.

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