Um atentado com bombas de gás fez esta sexta-feira de manhã um morto e pelo menos dois feridos na região da Isère, em França, perto de Lyon. O primeiro sinal de alerta foi uma explosão, ouvida cerca das 10h locais (9h em Lisboa), mas no local – uma fábrica – a polícia veio a encontrar o corpo de um homem decapitado e outros sinais de um ataque terrorista.
De acordo com o jornal “Le Dauphiné Libéré”, editado naquela região do centro-leste francês, a cabeça da vítima decapitada estava pendurada no gradeamento à volta da empresa, rodeada por restos de tecido com inscrições em árabe.
O presumível autor foi detido e identificado como Yassin Salhi, de 35 anos. Segundo o que foi adiantado, o homem entrou na fábrica Air Products, em Saint-Quentin-Fallavier, no norte de Isère (o edifício armazena gás e produtos tóxicos) com uma bandeira islâmica e reivindicou pertencer ao autodenominado Estado Islâmico (Daesh), fazendo em seguida explodir vários cilindros com gás..
Os 40 funcionários da fábrica foram retirados do local, tendo sido decretado o estado de alerta máximo em toda a região, para prevenir eventuais novos atentados. Diferentes meios foram deslocados para o local, com o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, a ordenar um reforço da segurança em todos os locais relevantes na região.
Segundo o ministro do Interior,Bernard Cazeneuvem, o suspeito reside em Saint-Priest, também perto de Lyon, e estaria já referenciado pelos serviços secretos franceses. Diferentes meios foram deslocados para o local, com o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, a ordenar um reforço da segurança em todos os locais relevantes na região. Yassin Salhi
terá sido preso por um bombeiro, que o ministro elogiou pela “coragem” e “frieza”. A polícia admite que uma segunda pessoa pode estar envolvida – o presidente francês também já o disse.
Numa declaração ao país, François Hollande confirmou tratar-se de um “ataque de natureza terrorista” e sublinhou ser necessário “não ceder ao medo”. É preciso “estar à altura de todas as circunstâncias”, fazendo o trabalho “que os franceses esperam de nós: protegê-los e erradicar os grupos que nos ameaçam”, acrescentou Hollande.
Uma fotografia chegou a circular nas redes sociais identificando com outro nome o suposto autor do atentado, mas o “Le Monde” desmentiu prontamente a veracidade da informação. A imagem mostrava um jiadista albanês morto na Síria em agosto de 2014.
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