O homem que disparou com uma metralhadora, na sexta-feira, no aeroporto de Los Angeles, nos EUA, matando um agente da Administração de Segurança dos Transportes (TSA) e ferindo sete pessoas, queria matar mais agentes.
Segundo a Polícia Federal dos EUA, o homicida Paul Anthony Ciancia, de 23 anos, “queria semear o terror no espírito dos traidores” da Administração de Segurança dos Transportes.
Esta intenção estava escrita num papel, que foi encontrado num saco do aeroporto, que continha outras frases como “quero matar os funcionários da TSA” ou “são uns porcos”, refere a CNN.
“A nota dizia também que tinha uma arma quando se encontrava no terminal 3 do aeroporto”, afirmou no sábado à noite David Bowdich, chefe da delegação de Los Angeles do FBI. “Neste momento estamos a investigar o contexto e a tentar saber mais coisas sobre ele”, acrescentou.
Entretanto, os investigadores já descobriram outros documentos, onde Paul Anthony Ciancia manifestava ser contra a Administração de Segurança dos Transportes e o governo norte-americano, sendo um acérrimo defensor da criação de uma Nova Ordem Mundial.
Sinais estranhos alertaram família
Mensagens trocadas entre o homicida e um irmão terão alertado a família de que algo de grave estaria para acontecer, embora não se apercebessem do que se tratava, escreve a imprensa norte-americana.
A polícia também não descobriu, até agora, qualquer historial de doenças psíquicas ou ligações a organizações terroristas. Sabe-se apenas que o jovem era tímido e manifestava-se infeliz e cansado de viver em Los Angeles.
“Em quatro anos, nunca ouvi uma palavra da boca dele e era frequente até almoçar sozinho. Não estou a ver ninguém que lhe fosse próximo aqui”, disse ao “Los Angeles Times” Brendan P. Kennealey, diretor da escola católica dos Salesianos, em Wilmington, onde Paul Ciancia estudou.
Paul Anthony Ciancia é acusado de ter assassinado o agente de segurança, Gerardo Hernández, de 39 anos e corre o risco de ser condenado a pena de morte.
JA/Rede Expresso
