Desde abril que o crescimento da atividade económica em Portugal tem vindo a abrandar. Mas em julho registou-se mesmo uma redução (-0,3%) face ao mês anterior, de acordo com indicador de conjuntura do Banco de Portugal (BdP) divulgado esta sexta-feira. Em junho, o indicador avançara 0,2%, registando o mesmo valor de maio.
Outra má notícia reside na evolução do consumo privado. O BdP regista uma ligeira diminuição do consumo face ao mês anterior, em que revelara um desempenho igual ao mês anterior.
Se a atividade económica portuguesa dava sinais de abrandamento, agora regista mesmo uma redução de acordo com os indicadores de conjuntura do BdP. O indicador coincidente da atividade económica caiu 0,3%. Em junho subira 0,2%, revelando uma tendência de abrandamento desde março, mês em que aumentara 0,6%.
Desde outubro do ano passado que a atividade económica em Portugal apresentava uma variação positiva, desacelerando o crescimento no segundo trimestre de 2014.
Famílias gastam menos
O outro indicador revelado hoje pelo BdP mede a evolução do consumo privado e aponta para uma ligeira redução dos gastos das famílias. O indicador coincidente mensal para a evolução homóloga tendencial do consumo privado subiu 0,9% em julho, um valor inferior ao registado nos três meses anteriores.
Este comportamento diverge do apresentado esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que revela que o indicador de atividade económica manteve um julho um crescimento de 3,3%, igual ao dos meses anteriores.
Este indicador do INE crescia desde junho de 2012, mas a partir do máximo (desde 2000) registado em maio estabilizou o ritmo de progressão. Em termos homólogos, segundo o INE, denotam-se “reduções menos intensas da atividade económica nos serviços, na indústria e na construção e obras públicas”.
Já o indicador quantitativo do INE para o consumo privado apresentara um crescimento homólogo ligeiramente mais expressivo em junho (2,7%), refletindo o aumento do contributo positivo da componente de consumo corrente. De acordo com a estimativa rápida do INE, o Produto Interno Bruto no segundo trimestre registou uma subida homóloga de 0,8% (1,3% no trimestre anterior), tendo aumentado 0,6% face ao primeiro trimestre.
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