Atleta escocês vence a prova de trail mais longa de Portugal – entre Alcoutim e Sagres

ouvir notícia

O ultramaratonista Paul Giblin destrona armada portuguesa com novo recorde nos 300 quilómetros do ALUT – Algarviana Ultra Trail, a prova de trail mais longa de Portugal, batendo Rui Sequeira e João Oliveira, o vencedor em 2017 e 2018

O ultramaratonista Paul Giblin venceu a terceira edição do ALUT (Algarviana Ultra Trail), que teve início em Alcoutim, na quinta-feira, e terminou este domingo, no Farol do Cabo de S. Vicente, em Sagres. O atleta escocês bateu um novo recorde da prova de 300 quilómetros (a mais longa prova contínua de trail running em Portugal) com um tempo de 38h06, quase quatro horas abaixo do anteriormente estabelecido pelo ultramaratonista português João Oliveira, que em 2018 tinha repetido a conquista da primeira edição com 41h40.

Em segundo lugar chegou Rui Sequeira (Arrábida Trail Team), que terminou os mais de 300 quilómetros do ALUT (com 6680 metros de desnível positivo) em apenas mais 33 minutos do que Giblin (38h39), enquanto em terceiro lugar ficou o bicampeão (em 2017 e 2018) João Oliveira, que completou o percurso em 42h39. Os também portugueses Arsénio Santos e José Faria completaram o top 5 da prova masculina.

- Publicidade -

O ultramaratonista escocês, residente nos Alpes, refere que teve “dificuldades com o facto de ser uma prova muito longa e com muita corrida” face ao tipo de treino que costuma realizar, mas acabou por superar os seus objetivos. “Há muito tempo que não fazia uma prova tão longa, portanto não sabia exatamente como ia correr, mas tinha o objetivo de finalizar a prova em cerca de 40 ou 41 horas e sabia que o recorde da prova era cerca de 41 horas e qualquer coisa, portanto eu quis aproveitar a corrida ao máximo este ano e acabei por conseguir finalizar a prova mais rápido do que esperava inicialmente, foi uma grande experiência”, referiu o vencedor da prova Paul Giblin, que em 2017 tinha ficado em segundo lugar na prova, logo atrás do primeiro vencedor João Oliveira.

Já no setor feminino, a ultramaratonista Patricia Carvalho, natural de Olhão mas a viver na Escócia – curiosamente treinada por Paul Giblin – foi a grande vencedora, à frente de For Madureira e Maria Ferreira.

O balanço da terceira edição da prova foi, segundo Germano Magalhães, da organização do ALUT, “extremamente positivo”, uma vez que foram ultrapassados os dois objetivos do evento: “Do ponto de vista competitivo, foram estabelecidas novas marcas de tempo, enquanto do ponto de vista de promoção do Algarve enquanto destino de excelência para a prática desportiva, especialmente na época baixa e nos seus territórios mais interiores”.

“O mediatismo nacional e internacional desta terceira edição, bem como a participação de cada vez mais atletas internacionais de renome, um dos quais o vencedor, vem reforçar o seu posicionamento, que coloca desafios para a organização das próximas edições”, ramatou.

Também o diretor da prova, Bruno Rodrigues, considera que os novos recordes estabelecidos revelam “uma melhor preparação e conhecimento sobre a prova por parte dos atletas, tanto através de outros ultramaratonistas que já tinham participado em edições anteriores, como através da análise dos dados fornecidos pela organização”, além de condições climáticas ótimas para esta prova”, uma vez que praticamente não choveu e registou muito menos frio do que nas duas edições anteriores.

Mas, segundo o mesmo responsável, “estas marcas podem voltar a ser batidas” e colocam a fasquia ainda mais alta para a quarta edição do ALUT, em 2020, podendo “atrair atletas internacionais ainda mais competitivos neste tipo de provas”.

Créditos fotos: João Delgado

- Publicidade -

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.