Audiência de Pistorius retomada após “ameaça”

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Sessão no tribunal de Pretória foi subitamente interrompida pelo juiz devido a uma “ameaça exterior”, mas tudo não passou de falso alarme.

A terceira sessão da audiência preliminar para decidir a fiança de Oscar Pistorius foi subitamente interrompida, ontem, a meio dos trabalhos, devido a uma “ameaça exterior”, mas tudo não passou de um falso alarme.

O juiz Desmond Nair não especificou de que tipo de ameaça se tratava, mas a sessão foi interrompida repentinamente, após o aviso de um segurança.

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Contudo, a interrupção não durou mais de 10 minutos, já que se tratou de um falso alarme, de acordo com o juiz.

Investigador principal substituído

A audiência preliminar do pedido de libertação sob fiança de Oscar Pistorius entrou no terceiro dia, no tribunal da comarca de Pretória, entre polémica sobre o investigador principal do caso, Hilton Botha.

A polícia anunciou ontem que Botha enfrenta sete acusações de tentativa de homicídio e condução sob a influência de álcool, depois de ter disparado contra um táxi que alegadamente tentou empurrar a sua viatura para fora da estrada, quando ele e um colega perseguiam um suspeito de homicídio, em 2009.

Botha era o investigador principal no caso e atacou fortemente Pistorius, quarta-feira, no tribunal, mas o seu testemunho foi depois descredibilizado pela defesa. As autoridades sul-africanas anunciaram entretanto que Botha foi substituído por outro investigador, Vinesh Moonoo.

Hoje, Barry Roux, o advogado de defesa, apresentou os seus argumentos para que o juiz liberte Pistorius, durante cerca de três horas. Seguiu-se a acusação, através de Gerrie Nel, que pediu que o acusado permaneça preso, por ser um claro risco de fuga, justificou.

Contudo, o caso da acusação não foi apresentado na totalidade, uma vez que a audiência já se prolongava há várias horas. O restante caso de Gerrie Nel será apresentado esta sexta-feira.

Defesa vs acusação

A defesa pediu que Pistorius seja libertado sob caução, uma vez que a sua notoriedade o impede de fugir sem ser reconhecido, explicou. Barry Roux disse que as provas sustentavam claramente a versão dos acontecimentos de Pistorius, isto é, que o atleta pensava que estava a proteger-se perante a entrada de um intruso na sua casa. Roux também contestou o depoimento do investigador Hilton Botha, que acusou que distorcer as provas para ajudar o caso da acusação.

Assumindo que a versão de Pistorius pudesse ser verdadeira, Gerrie Nel disse que não percebia como é que alguém, habituado a dormir com a namorada, ouvia um barulho em casa e pensava logo que era um intruso, sem confirmar onde estava a namorada.

O advogado da acusação também acrescentou que não percebia como Pistorius tinha ido buscar a arma ao quarto, na mesa ao lado da cama, sem ver que Reeva Steekamp lá estava.

Mariana Cabral (Rede Expresso)
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