Os autarcas e as associações empresariais do Algarve exigem a paragem imediata do processo de prospeção de petróleo e gás natural na região. Esta foi a conclusão da reunião realizada este segunda feira entre os presidentes da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) e das associações NERA, AIHSA, AHETA, CEAL, ACRAL e ANJE.
Recorde-se que, desde 2005, a AMAL vem acompanhando esta matéria com preocupação, não obstante o secretismo e a ausência de informação de sucessivos Governos aos municípios, à Comunidade Intermunicipal do Algarve, às entidades regionais e aos cidadãos.
“Independentemente da forma como o processo foi conduzido pelos diferentes Governos, os representantes da AMAL e das associações empresariais do Algarve afirmam com veemência que discordam e opõem-se, firmemente, ao arranque e desenvolvimento desta atividade”, explicam, em comunicado enviado às redações.
Esta tomada de posição deve-se ao facto daquelas entidades considerarem que só o anúncio da prospeção gera consequências negativas para a atividade económica da região. “Além disso, a sua concretização em termos de exploração poria em risco o futuro do Algarve em termos económicos, nomeadamente o turismo, principal sector da região”, sublinham.
Aquelas associações consideram que esta eventual realidade “não se coaduna com o desenvolvimento sustentável preconizado e defendido para a região pelos vários agentes económicos e políticos, alicerçado nas mais variadas vertentes turísticas, na potenciação dos recursos endógenos e de indústria não poluente ou limpas, com recurso às energias renováveis, esse sim o caminho a seguir”.
E frisam que o turismo é o motor da economia regional e que este se reflete em termos nacionais, recordando que a força da oferta turística do Algarve tem por base a beleza da paisagem, o clima e o ambiente. O arranque deste processo pode, na opinião dos presidentes da AMAL e das associações empresariais, constituir “um golpe fatal para o futuro da região”.
“Os resultados, caso a exploração de petróleo e gás natural avancem, em terra ou mar, põem em risco a economia da região e não justificam os danos ambientais e sociais que daí possam advir para o bem-estar na região, da sua economia e de todos os algarvios”, asseguram.
Os presidentes da AMAL e das associações empresarias dizem que estão disponíveis para todas as ações adequadas em conjunto com os cidadãos do Algarve para impedir este processo.
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…desde 2005…têm andado todos a “dormir”…ou não…