O hospital Gama Pinto operou, a laser, doentes que queriam reduzir a miopia, mas um problema numa máquina levou a uma segunda cirurgia
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Uma avaria num aparelho de laser do Hospital Gama Pinto, em Lisboa, obrigou os doentes, que foram operados à miopia, a sujeitarem-se a uma segunda operação, apurou o Expresso.
Contatada a diretora clínica do hospital, Luísa Coutinho Santos disse ao Expresso desconher quantos doentes foram afetados e quanto tempo o aparelho esteve avariado, acrescentando que só o chefe de serviço da área, que está de férias, é que tem essa informação.
A diretora adiantou apenas que terão sido poucos os doentes afetados. “A primeira operação correu mal, mas depois a segunda correu bem”, afirmou.
O Expresso sabe, no entanto, que um dos doentes, operado em julho, teve um pós-operatório complicado.
O paciente, que prefere manter o anonimato, esteve mais de uma semana à espera da segunda operação e com a mobilidade bastante reduzida. Durante o tempo em que esteve à espera de ser operado, não podia sair de casa sem ser acompanhado, por não poder usar lentes de contacto nem óculos.
O Expresso também sabe que o técnico que, em Julho, podia arrajar o aparelho estava fora de Lisboa, o que obrigou a que os doentes tivessem de esperar ainda mais tempo.
“Nem todas as marcas das máquinas que temos têm um representante em Lisboa, isso não é uma escolha nossa”, diz Luísa Coutinho Santos.
O hospital Gama Pinto faz, durante o ano inteiro, este tipo de cirurgia, denominada lasik, é uma intervenção a laser das mais utilizadas para corrigir diversas doenças oftalmológicas
Carolina Reis (Rede Expresso)