Avarias: Um Natal por ano e basta

Escrevi mais ou menos isto vezes sem conta: por que razão circo rima com Natal?, digam-me – de ciência certa, porque para opiniões aqui estou eu – de sua justiça, os meus amigos. Certo e sabido que não há um sem o outro, pelo menos nas nossas televisões. O resto é o de todos os finais de ano: Natal dos Hospitais, balanços e mais balanços já a esticarem-se para o final de ano onde, por exemplo, este ano o escolhido será Biden; derrotou Trump e como todos sabemos, é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um presidente dos EUA não ser reeleito para um segundo mandato. Por isso e mais um par de botas a vitória de Biden (homem habituado a mil derrotas, mas há mais marés que marinheiros, como bem sabem) terá sido o que de mais importante se terá passado no mundo, secção pessoas. Não fosse isso a figura do ano, teria mesmo a forma de uma bola (mais ou menos, não sejamos demasiado perfeccionistas) com uns cornichos em forma de coroa, o coronavírus merdoso, ser ultra-minúsculo e colorido que fez pior pelas nossa vidas, que vinte sistemas políticos anti-democráticos e totalitários. Por coronavírus, lembrei-me agora de uma notícia que apanhei há alguns dias sobre o processo de distribuição e armazenamento das vacinas (vácinas no Porto). Constou-me na altura, sem nenhum tipo de certeza, que estava previsto que os pequenos frasquinhos estivessem guardados em lugar semi-secreto ou aparentado. Qual não foi hoje o meu espanto quando me deparei numa reportagem da CMTV, com imagens do lugar onde as vacinas (vácinas nos Aliados) estão guardadas e a informação, sempre útil, do nosso canal de escândalos, das horas em que praticamente não existem soldados da GNR a patrulhar a entrada. Se alguém quisesse assaltar o depósito das vacinas (vácinas em Campanhã), era só uma questão de ligar o televisor. Dá-me a ideia que Portugal deve ser o lugar onde é mais difícil guardar um segredo. Parece-me uma perda de dinheiro e tempo existirem serviços secretos e tenho a ideia que a nossa secreta gostaria secretamente (se me permitem o repetido uso da palavra) de ter página na internet com facebook, gostos, amigos e um olhar sobre a vida de um agente, que é apenas mais uma perspectiva em redor de algo que nos afecta. Eles (os secretos) também se fiam que se há alguém com ideias para fazer avarias (que não as minhas), há-de aparecer nalguma rede social com fotografias e comentários. Não é novidade, já todos sabemos o que a casa gasta, basta lembrarmos a estupidez dos caçadores (?), que dizimaram os quinhentos e quarenta animais para os lados da Azambuja, que foram identificados pelo que postaram nas ditas redes. No entanto somos mais terra de pequenos golpes, mas não, não quero escrevo mais neste tom, não vão as boas almas pensarem que estou a emular o espirito de Eduardo Lourenço. Eu sou mais bolos.

Fernando Proença

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