Avião russo. Atentado é hipótese aceite com “90%” de certeza

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Destroços do avião da Motorjet, que caiu no dia 31 de outubro na península do Sinai depois de descolar de Sharm al-Sheik a caminho de São Petersburgo

Restam poucas dúvidas aos investigadores russos quanto à causa do acidente com o Airbus da Metrojet, a 31 de outubro, que vitimou 224 pessoas. Uma bomba explodiu a bordo, afirmam, com “90% de certeza”, acreditando que a deflagração se ouve no segundo final da gravação registada no cockpit do avião. “A análise do som gravado pela caixa negra indica que foi uma bomba”, disse este domingo à agência Reuters um elemento da equipa de investigação, sob anonimato.

“Temos 90% de certeza de que foi uma bomba”, acrescentou. Apesar de esta versão não ser assumida oficialmente – no sábado o responsável pela equipa de trabalho admitiu a existência de um som nas gravações, mas insistiu que ainda é cedo para ser conclusivo – todos os desenvolvimentos mais recentes apontam para o facto de a hipótese de atentado estar a ser levada muito a sério.

Preocupações com a segurança levaram a Rússia a suspender todos os seus voos para o Egito, uma medida anteriormente adotada pelo Reino Unido, enquanto vários outros países emitiram recomendações para que os seus cidadãos não viajassem para essa região. É certo que Moscovo continua renitente e recusa falar em atentado, mas já poucos se atrevem a levantar outros cenários.

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Outra fonte ligada às investigações declarou que existe uma possibilidade de um incidente técnico ter provocado uma “despressurização explosiva” tão repentina que interrompesse os dados das caixas-pretas, sem dar tempo aos pilotos de emitir um alerta, mas essa é uma hipótese “infinitamente pequena”, que não parece ter muito para vingar.

Entretanto, no aeroporto de Sharm al-Sheikh, o cenário continua a ser de confusão. Dezenas de milhares de pessoas esperam há vários dias para regressar a casa, depois de os voos criados para o garantir estarem sujeitos a diversas restrições, dada as dificuldades operacionais do próprio aeroporto.

Mafalda Ganhão (Rede Expresso)

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