Aviões abastecem-se de água na Praia da Rocha e rio Guadiana para apagar fogos

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A operação de abastecimento das aeronaves no rio Guadiana foi coordenada pelo Porto de VRSA em articulação com o CDOS de Faro

Em dois incêndios diferentes – um na serra de Monchique que ainda está ativo e outro no Azinhal (Castro Marim) que já foi dominado – vários aviões abasteceram-se de água de forma menos convencional.

No caso do incêndio da serra de Monchique, várias pessoas que estavam na Praia da Rocha, no concelho de Portimão, assistiram espantadas a um ‘scooping’ — o momento em que três aviões Canadair espanhóis “tocaram” na água (neste caso do mar, mas também pode ser no leito de um rio) para encher o tanque com água, que depois foi despejada sobre as chamas em Monchique.

Três aviões canadair abasteceram ao largo da Praia da Rocha, permitindo aos banhistas tirar imagens de cortar a respiração

Também ontem, mas no incêndio no Azinhal, no concelho de Castro Marim, o capitão do porto de Vila Real De Santo António, em articulação com o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, estabeleceu uma área de ‘scooping’ no rio Guadiana, para reabastecimento de água às duas aeronaves FireBoss que estavam a combater o incêndio.

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No local esteve presente a Polícia Marítima, para interditar o espaço à navegação, durante as operações de reabastecimento das aeronaves.

O alerta deste incêndio foi dado às 15h45. O fogo deflagrou numa zona de mato e não se registaram vítimas. O fogo também não atingiu habitações. Foi combatido por 53 homens, apoiados por 14 viaturas e dois aviões Canadair. A operação terminou cerca das 19h30 horas com o incêndio dominado.

Já em Monchique, o fogo ainda continua descontrolado e os reacendimentos são constantes. Num balanço feito ao início desta tarde pelo primeiro-ministro, António Costa disse que “não vale a pena ter a ilusão de que o incêndio vai ser apagado nas próximas horas”.

O primeiro-ministro considera que dada a “complexidade” da situação no terreno, não será possível controlar o incêndio nas próximas horas. O trabalho dos bombeiros está a ser dificultado por causa do vento forte que se faz sentir no terreno.

Às 14h52 desta quarta-feira, o ponto da situação disponível na página da Proteção Civil indica que estão no terreno treze meios aéreos e 1.321 operacionais, apoiados por 392 viaturas.

Nuno Couto|Jornal do Algarve

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