Quase dois anos depois da derrocada de uma falésia na praia Maria Luísa, em Albufeira, que provocou cinco mortos, são muitos aqueles que esqueceram o que se passou. Apesar dos avisos, os utentes das praias continuam a colocar-se em zonas de perigo, como em Albufeira, onde a proteção civil lançou uma campanha de sensibilização para aconselhar os banhistas a protegerem-se das arribas.
Mais de 180 placas de aviso estão colocadas em zonas de risco nas praias do Algarve, mas os veraneantes continuam a desrespeitar a sinalética e procuram as sombras junto às arribas.
Estes avisos foram colocados pelas autoridades na sequência da derrocada na praia Maria Luísa, em Albufeira, que provocou a morte a cinco pessoas, em agosto de 2009.
No entanto, apesar dos alertas após a tragédia, muitos banhistas teimam em não se afastar dos locais mais perigosos e deitam-se junto a falésias um pouco por todo o barlavento algarvio, onde se concentram as zonas balneares com faixas de risco: Albufeira (60), Portimão (33), Lagoa (29), Vila do Bispo (19), Silves (14), Lagos (13) e Aljezur (13).
“Se não aconteceu já, não deve acontecer enquanto aqui estiver. Além disso, as praias estão cheias e estes locais são os únicos com sombra”, responde a maioria dos banhistas, alguns acompanhados por crianças, que continua a ignorar os riscos.
Mas também há quem confesse ter “medo” das falésias, como Edgar Mota, um turista que vê diariamente “centenas de pessoas a deitarem-se em locais muito perigosos”.
Confrontados com este comportamento dos banhistas, a proteção civil de Albufeira decidiu lançar uma campanha de sensibilização, que arrancou no início deste mês e prolonga-se até 27 de agosto, em várias praias do concelho…
(Toda a reportagem na edição em papel do Jornal do Algarve – dia 7 de julho)