Barack Obama mantém tropas no Afeganistão até 2016

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O Presidente Barack Obama apresentou um novo plano para a retirada dos militares norte-americanos do Afeganistão em 2016

O Presidente Barack Obama anunciou terça-feira que a retirada completa das forças armadas norte-americanas do Afeganistão ocorrerá no final de 2016.

“Está na hora de mudar a página depois de mais de uma década em que a nossa política externa esteve demasiado dominada pelas guerras no Afeganistão e no Iraque”, afirmou Obama, acrescentando que quando chegou ao poder, em 2009, os EUA tinham quase 180 mil militares em combate e que dentro de alguns meses o contingente não terá mais de 10 mil soldados.

Neste momento, 32 mil militares norte-americanos continuam alocados no Afeganistão. De acordo com a nova proposta da Administração Obama – que visa estender por dois anos a presença militar norte-americana naquele país – em janeiro de 2015 serão apenas 9800, e em dezembro do mesmo ano o número deverá ser reduzido para metade e o contingente concentrar-se-á na base de Bagram, em Cabul, a capital afegã.

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Um ano mais tarde, a escassas semanas de Barack Obama abandonar definitivamente a Casa Branca, nenhum militar norte-americano deverá permanecer naquele país asiático.

Visita às tropas em Cabul

Obama decidiu divulgar as datas da retirada definitiva depois de uma visita às tropas estacionadas na base de Bagram, em Cabul, no passado domingo. O Presidente acredita que a Al-Qaeda no Afeganistão está debilitada e que as tropas afegãs têm o treino necessário para combater os talibãs.

O calendário definitivo para a retirada total daquele país da Ásia Central estará sujeito à aprovação do vencedor da segunda volta das presidenciais afegãs, a 14 de junho, disputadas por Abdulá Abdulá e Ashraf Ghani.

O plano apresentado ontem por Obama contempla a extensão da presença de forças norte-americanas no país por mas dois anos – a retirada estava prevista para dezembro de 2014 -, com uma dupla missão: formar as forças locais e participar em operações antiterroristas.

O único obstáculo parece residir no facto dos EUA exigirem ao Afeganistão que garanta imunidade judicial às suas tropas até finais de 2016, um pedido que tem sido rejeitado pelo ainda Presidente Hamid Karzai. Caso tal não venha a confirmar-se, os EUA terão de deixar o país em finais deste ano, tal como aconteceu no Iraque, em 2011, um país que continua mergulhado em violência, sectarismo e corrupção.

RE

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