BE aposta no eurodeputado José Gusmão para liderar lista por Faro

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Em conferência de imprensa, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, apresentou as conclusões da Mesa Nacional, órgão máximo do partido entre convenções, que se reuniu no domingo para aprovar o programa eleitoral e as listas às eleições legislativas de 30 de janeiro.

Catarina Martins explicou que entre os critérios das escolhas dos candidatos esteve a decisão de, tendo a legislatura sido interrompida, os cabeças de lista com mandato parlamentar se manterem “exceto quando não estivessem disponíveis”.

Foi o caso único de João Vasconcelos, eleito em 2019 por Faro, sendo assim a principal novidade o facto de o eurodeputado José Gusmão ser o primeiro candidato por este círculo eleitoral.

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Dos 22 círculos eleitorais, o BE decidiu repetir 10 cabeças de lista que tinha apresentado nas eleições legislativas de 2019.

Entre as mesmas apostas estão Catarina Martins (Porto), Mariana Mortágua (Lisboa), José Manuel Pureza (Coimbra), Moisés Ferreira (Aveiro), Joana Mortágua (Setúbal), José Maria Cardoso (Braga), Ricardo Vicente (Leiria) e Fabíola Cardoso (Santarém), distritos pelos quais estes candidatos são já deputados da Assembleia da República.

Em Viana do Castelo e em Évora, distritos pelos quais o BE não elegeu qualquer deputado, a Mesa Nacional decidiu voltar a apostar em Luís Filipe de Oliveira Louro e Bruno Martins, respetivamente.

Foi precisamente a escolha de novo da deputada Fabíola Cardoso que esteve na origem de uma polémica na reunião de hoje deste órgão do partido, uma vez que elementos das moções E e N, críticas da direção de Catarina Martins, abandonaram a sala em protesto por aquilo que consideraram ser uma “votação anti-estatutária”.

Em 20 de novembro, a distrital de Santarém do BE tinha escolhido a geógrafa Ana Sofia Ligeiro para liderar a lista do partido pelo círculo eleitoral de Santarém. 

De acordo com aquilo que explicou a líder bloquista na habitual conferência de imprensa, a Mesa Nacional decidiu “fazer o que faz sempre”, ou seja, “votar todas as propostas que vêm dos plenários distritais e, quando é caso disso, votar em alternativa outras propostas que sejam feitas por pessoas que estão presentes na Mesa Nacional e da Comissão Política”, tendo vencido o nome de Fabíola Cardoso.

Com as listas que hoje tiveram luz verde, na próxima legislatura deixarão o parlamento os atuais deputados bloquistas Jorge Costa, Maria Manuel Rola e Luís Monteiro.

Em Lisboa são novidades a entrada do médico Bruno Maia como número três e Leonor Rosas em quinto, mantendo-se o líder parlamentar Pedro Filipe Soares em segundo lugar e Beatriz Gomes passando para quarto.

Já no Porto, o deputado José Soeiro mantém a segunda posição de 2019 e, como independente, Teresa Summavielle é novidade em quarto lugar e a atual deputada Isabel Pires em terceiro, mudando assim de distrito, uma vez que nas últimas legislativas concorreu por Lisboa.

De acordo com os estatutos do BE, “compete à Mesa Nacional, sob proposta das assembleias distritais e regionais”, decidir sobre os cabeças de listas à Assembleia da República “no caso de círculos com até três deputadas ou deputados”.

Já nos restantes círculos eleitorais, este órgão partidário determina “sobre o primeiro quinto de candidatas e candidatos”.

“As assembleias distritais e regionais podem requerer, como recurso, a votação em alternativa das suas propostas na Mesa Nacional. A decisão sobre a composição restante destas listas compete às respetivas assembleias distritais e regionais”, referem os estatutos.

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