O BE organiza esta quarta feira em Lisboa uma manifestação em Lisboa intitulada ‘Portugal ao Fundo’, que funcionará como uma “receção alternativa” ao submarino Tridente, um equipamento que os bloquistas consideram desnecessário e “desajustado num contexto de crise”.
Em declarações à agência Lusa a propósito desta iniciativa dos jovens do BE, o líder parlamentar, José Manuel Pureza, afirmou que o objetivo é criticar politicamente e ironizar sobre o que o partido considera ser «uma decisão errada das autoridades portuguesas».
A manifestação, que terá lugar no Largo de São Domingos, junto à Praça do Rossio, deverá contar com a presença do presidente da bancada parlamentar e do deputado bloquista Fernando Rosas e acontece no dia em que o submarino Tridente é recebido oficialmente pelo ministro da Defesa na Base Naval de Lisboa.
«Tudo isto nos parece desajustado daquilo que deve ser uma agenda sensata e justa das prioridades políticas», disse José Manuel Pureza, acrescentando que se «trata de pôr em evidência o absurdo que é para a sociedade portuguesa [a aquisição de submarinos] no momento em que atravessa uma situação desesperada do ponto de vista das contas públicas».
O líder da bancada do BE rejeitou ainda que a renovação da capacidade submarina seja «absolutamente imprescindível» para a vigilância da Zona Económica Exclusiva (ZEE) ou da plataforma continental.
«Creio que já ficou demonstrado que a capacidade que o país tenha de vigiar devidamente o uso dos seus recursos naturais na ZEE se pode e deve fazer prioritariamente através da utilização de outros meios», defendeu.
Na opinião de Pureza, a compra destes equipamentos visa «acentuar a capacidade de presença de forças portuguesas em iniciativas de caráter multilateral, de organizações das quais Portugal faz parte em termos também de intervenção militar».
Na rede social Facebook também já foi criada uma página alusiva à iniciativa ‘Portugal ao Fundo’.
«No dia da apresentação dos novos submarinos da Marinha de Guerra, o BE organiza uma receção alternativa, para apresentar à sociedade lisboeta e ao país o resultado de um estranho e ruinoso negócio que, com o alto patrocínio de PSD/CDS e PS, irá custar mil milhões de euros aos e às contribuintes», pode ler-se nesta página do Facebook.
JA/AL